quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Marquês de Pombal

Marquês de Pombal
Marquês de Pombal é o nome com que ficou conhecido Sebastião José de Carvalho e Melo, político e verdadeiro dirigente de Portugal durante o reinado de José I, o Reformador. O Marquês de Pombal nasceu em Lisboa no dia 13 de Maio de 1699. Estudou na Universidade de Coimbra. Em 1738, foi nomeado embaixador em Londres e, cinco anos depois, embaixador em Viena, cargo que exerceu até 1748. Em 1750, o rei José nomeou-o secretário de Estado (ministro) para Assuntos Exteriores.
Quando um terramoto devastador destruiu Lisboa em 1755, Marquês de Pombal organizou as forças de auxílio e planejou a reconstrução da cidade. Foi nomeado primeiro-ministro nesse mesmo ano. A partir de 1756, seu poder foi quase absoluto e realizou um programa político de acordo com os princípios do Século das Luzes ou Iluminismo. Aboliu a escravidão, reorganizou o sistema educacional, elaborou um novo código penal, introduziu novos colonos nos domínios coloniais portugueses e fundou a Companhia das Índias Orientais. Além de reorganizar o Exército e fortalecer a Marinha portuguesa, desenvolveu a agricultura, o comércio e as finanças, com base nos princípios do mercantilismo. No entanto, suas reformas suscitaram grande oposição, em particular dos jesuítas e da aristocracia. Quando ocorreu o atentado contra a vida do rei em 1758, conseguiu implicar os jesuítas, expulsos em 1759, e os nobres; alguns destes foram torturados até morrer. Em 1770, o rei lhe concedeu o título de marquês. Depois da morte do rei José I, foi condenado por abuso de poder. Expulso da Corte, retirou-se para sua propriedade rural em Pombal, onde faleceu no dia 8 de Maio 1782.

D. João V

Monarca de Portugal


Ordem – 25.º Monarca de Portugal
Cognome(s) - O Magnânimo
Início do Reinado – 9 de Dezembro de 1706
Término do Reinado – 31 de Julho de 1750
Aclamação – Lisboa – 1 de Janeiro de 1707
Predecessor(a) – D. Pedro II
Sucessor(a) – D. José I
Pai – D. Pedro II
Mãe – D. Maria Sofia de Neuburgo
Data de nascimento – 22 de Outubro de 1689
Local da Nascimento – Lisboa – Palácio da Ribeira
Data de Falecimento – 31 de Julho de 1750
Local de Falecimento – Lisboa – Palácio da Ribeira
Local de Enterro – Panteão dos Bragançãs; Mosteiro de São Vicente de Fora; Lisboa
Consorte(s) – D. Mariana Josefa, Arquiduquesa de Áustria
Príncipe Herdeiro – D. José I (filho)
Dinastia – Bragança


Filho de D. Pedro II e de Maria Sofia de Neuburgo, foi aclamado rei em 1707.
A este estado de coisas procura o rei responder com o fomento industrial, mas outros problemas surgem, agora de carácter social: insubordinação de nobres, quebras de disciplina conventual, conflitos de trabalho, intensificação do ódio ao judeu. Por outro lado, o facto da máquina administrativa e política do absolutismo não estar de maneira nenhuma preparada para a complexidade crescente da vida da nação, só veio agravar as dificuldades citadas.
Culturalmente, o reinado de D. João V tem aspectos de muito interesse. O barroco manifesta-se na arquitectura, mobiliário, talha dourada, azulejo e ourivesaria, com grande riqueza. No campo filosófico surge Luís António Verney com o Verdadeiro Método de Estudar e, no campo literário, António José da Silva. É fundada a Real Academia Portuguesa de História e a ópera italiana é introduzida em Portugal.



Marquês de Pombal

Marquês de Pombal
Marquês de Pombal é o nome com que ficou conhecido Sebastião José de Carvalho e Melo, político e verdadeiro dirigente de Portugal durante o reinado de José I, o Reformador. O Marquês de Pombal nasceu em Lisboa no dia 13 de Maio de 1699. Estudou na Universidade de Coimbra. Em 1738, foi nomeado embaixador em Londres e, cinco anos depois, embaixador em Viena, cargo que exerceu até 1748. Em 1750, o rei José nomeou-o secretário de Estado (ministro) para Assuntos Exteriores.
Quando um terramoto devastador destruiu Lisboa em 1755, Marquês de Pombal organizou as forças de auxílio e planejou a reconstrução da cidade. Foi nomeado primeiro-ministro nesse mesmo ano. A partir de 1756, seu poder foi quase absoluto e realizou um programa político de acordo com os princípios do Século das Luzes ou Iluminismo. Aboliu a escravidão, reorganizou o sistema educacional, elaborou um novo código penal, introduziu novos colonos nos domínios coloniais portugueses e fundou a Companhia das Índias Orientais. Além de reorganizar o Exército e fortalecer a Marinha portuguesa, desenvolveu a agricultura, o comércio e as finanças, com base nos princípios do mercantilismo. No entanto, suas reformas suscitaram grande oposição, em particular dos jesuítas e da aristocracia. Quando ocorreu o atentado contra a vida do rei em 1758, conseguiu implicar os jesuítas, expulsos em 1759, e os nobres; alguns destes foram torturados até morrer. Em 1770, o rei lhe concedeu o título de marquês. Depois da morte do rei José I, foi condenado por abuso de poder. Expulso da Corte, retirou-se para sua propriedade rural em Pombal, onde faleceu no dia 8 de Maio 1782.

D. João V







D. João V

(1689/1750)
(João Francisco António José Bento Bernardo de Bragança)


Nasceu em Lisboa a 22 de Outubro de 1689, onde também faleceu a 31 de Julho de 1750. Era segundo filho de D. Pedro II, e de sua segunda mulher, a rainha D. Maria Sofia Isabel de Neuburgo foi aclamado rei em 1707.
Quando iniciou o reinado, estava-se em plena Guerra da Sucessão de Espanha, que para Portugal significava o perigo da ligação daquele país à grande potência continental que era a França. No entanto, a subida ao trono austríaco do imperador Carlos III, pretendente ao trono espanhol, facilitou a paz que foi assinada em Utreque, em 1714. Portugal viu reconhecida a sua soberania sobre as terras amazónicas e, no ano seguinte, a paz com a Espanha garantia‑nos a restituição da colónia do Sacramento.
Aprendeu D. João V com esta guerra a não dar um apreço muito grande às questões europeias e à sinceridade dos acordos; daí em diante permaneceu inalteravelmente fiel aos seus interesses atlânticos, comerciais e políticos, reafirmando nesse sentido a aliança com a Inglaterra. Em relação ao Brasil, que foi sem dúvida a sua principal preocupação, tratou D. João V de canalizar para lá um considerável número de emigrantes, ampliou os quadros administrativos, militares e técnicos, reformou os impostos e ampliou a cultura do açúcar. Apesar disso, Portugal entra numa fase de dificuldades económicas, devidas ao contrabando do ouro do Brasil e às dificuldades do império do Oriente.

Marquês de Pombal





Marquês de Pombal



Sebastião José de Carvalho e Melo, primeiro Conde de Oeiras e Marquês de Pombal, (nasceu em Lisboa, 13 de Maio de 1699 — Pombal, e faleceu em 8 de Maio de 1782) foi um nobre e estadista português. Foi secretário de Estado do Reino (primeiro-ministro) do Rei D. José I (1750-1777), sendo considerado, ainda hoje, uma das figuras mais controversas e carismáticas da História Portuguesa.
Representante do Despotismo esclarecido em Portugal no século XVIII, viveu num período da história marcado pelo iluminismo, tendo desempenhado um papel importante na aproximação de Portugal à realidade económica e social dos países do Norte da Europa, mais dinâmica do que a portuguesa. Iniciou com esse intuito várias reformas administrativas, económicas e sociais. Acabou na prática com os autos de fé em Portugal e com a discriminação dos cristãos-novos, apesar de não ter extinguido oficialmente a Inquisição portuguesa, em vigor "de jure" até 1821.
Foi um dos principais responsáveis pela expulsão dos Jesuítas de Portugal e suas colónias. A sua administração ficou marcada por duas contrariedades célebres: o primeiro foi o Terramoto de Lisboa de 1755, um desafio que lhe conferiu o papel histórico de renovador arquitectónico da cidade. Pouco depois, o Processo dos Távoras, uma intriga com consequências dramáticas.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Napoleão Bonaparte


Napoleão Bonaparte

Napoleão Bonaparte nasceu em Ajaccio no dia 15 de Agosto de 1769 e morreu em Santa Helena dia 5 de Maio de 1821 foi o dirigente da França a partir de 1799. Adoptou o nome de Napoleão I e foi Imperador da França de 18 de Maio de 1804 a 6 de Abril de 1814, posição que voltou a ocupar rapidamente de 20 de Março a 22 de Junho de 1815. Além disso, conquistou e governou grande parte da Europa central e ocidental.
Napoleão Bonaparte tornou-se uma figura importante na política Mundial da época, já que esteve no poder da França durante 16 anos e nesse tempo conquistou grandes partes do continente Europeu. Os biógrafos afirmam que seu sucesso deu-se devido ao seu talento como estrategista, ao seu talento para empolgar os soldados com promessas de riqueza e glória após vencidas as batalhas, além do seu espírito de liderança.
O governo do Directório foi derrubado na França sob o comando de Napoleão Bonaparte, que, junto com a alta burguesia, instituiu o consulado, que foi a primeira fase do governo de Napoleão.




sábado, 28 de novembro de 2009

Biografia do Marquês de Pombal - Breve

Marquês de Pombal (1699-1755)


O nome do Marquês de Pombal era Sebastião José de Carvalho e Melo, mas todos o conheciam por este título, que lhe foi dado pelo rei D. José.
Sebastião José de Carvalho e Melo nasceu em Lisboa, em 1699. Apesar de pertencer a uma família nobre, os seus pais não tinham muito dinheiro. Mesmo assim, estudou na Universidade de Coimbra.
Entre 1738 e 1749, representou Portugal em Londres (Inglaterra) e em Viena (Áustria) em missões diplomáticas.
Quando D. José subiu ao trono, depois da morte de D. João V, Sebastião José de Carvalho e Melo foi chamado de volta à corte de Lisboa para ser ministro deste rei. Foi o rei D. José que lhe deu os dois títulos que teve. Primeiro, ganhou o título de Conde de Oeiras, em 1759, e, depois, o de Marquês de Pombal, em 1769.
Durante o seu trabalho como ministro, o Marquês de Pombal fez muitas reformas, que agradaram a alguns, mas na altura desagradaram a muitos. Por exemplo, foi ele o principal responsável pela expulsão dos Jesuítas (membros de uma ordem religiosa católica), através do encerramento de vários colégios que eles tinham.
O Marquês de Pombal defendia o absolutismo, que é a ideia de que todos os poderes devem estar nas mãos do rei. Foi por isso que tomou uma série de medidas para lhe dar mais poder e retirá-lo a classes sociais como o clero. Com esse objectivo, protegeu o comércio português, criou companhias monopolistas, reformou a Universidade de Coimbra e reorganizou o exército.
Tudo isto para dar mais poder ao rei, mas era o Marquês que tinha tudo nas mãos!
Além das reformas que fez, o Marquês de Pombal tornou-se uma figura muito importante na História de Portugal por causa do terramoto de Lisboa, que aconteceu em 1755.
Depois do terramoto, o Marquês ficou responsável pela reconstrução da cidade. Foi ele que reconstruiu a baixa lisboeta com todas aquelas ruas paralelas e perpendiculares. Também mandou alterar o modo de construção das casas, para prevenir mais terramotos.É por isso que a baixa lisboeta é conhecida como "baixa pombalina".O problema é que a maioria das pessoas (sobretudo nas classes altas, os nobres e o clero) não gostava das reformas que o Marquês estava a fazer, porque lhes retirava privilégios e os impedia de fazerem o que queriam...Quando o rei D. José morreu e a rainha D. Maria I subiu ao trono, em 1777, o Marquês foi afastado do seu trabalho na corte.Em 1779, depois de uma queixa contra ele feita por um comerciante muito importante, o Marquês de Pombal foi condenado ao desterro! Como já era muito idoso, não o obrigaram a ir para o estrangeiro.O Marquês foi, então, para Pombal, onde viveu até ao dia da sua morte, em 8 de Maio de 1782.
Francisca Saraiva Vieira da Silva Nº10 TURMA: 6ºB

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O Lugar da História mudou-se ... para terras e ao TOM DELA

Meus queridos alunos do 5º ano de História e Geografia de Portugal, agora de 6ºano, da Escola Básica Integrada de Mões, o trabalho continua neste espaço. Como prometido vou deixar online o Blogue com os vossos trabalhos, mas vou continuar a publicar trabalhos dos meus actuais alunos da Escola do 1º e 2º Ciclo de Tondela.

Aquele abraço histórico
Carlos Cruchinho

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Torre de Belém

História

Originalmente sob a invocação de São Vicente de Saragoça, padroeiro da cidade de Lisboa, designada no século XVI pelo nome de Baluarte de São Vicente a par de Belém e por Baluarte do Restelo, esta fortificação integrava o plano defensivo da barra do rio Tejo projectado à época de João II de Portugal (1481-95), integrado na margem direita do rio pelo Baluarte de Cascais e, na esquerda, pelo Baluarte da Caparica.
O cronista Garcia de Resende foi o autor do seu risco inicial, tendo registrado:
"E assim mandou fazer então a (...) torre e baluarte de Caparica, defronte de Belém, em que estava muita e grande artilharia; e tinha ordenado de fazer uma forte fortaleza onde ora está a formosa torre de Belém, que el-rei D. Manuel, que santa glória haja, mandou fazer; para que a fortaleza de uma parte e a torre da outra tolhessem a entrada do rio. A qual fortaleza eu por seu mandado debuxei, e com ele ordenei a sua vontade; e tinha já dada a capitania dela [a] Álvaro da Cunha, seu estribeiro-mor, e pessoa de que muito confiava; e porque el-rei João faleceu, não houve tempo para se fazer" (RESENDE, Garcia de. Crónica de D. João II, 1545.),
A estrutura só viria a ser iniciada em 1514, sob o reinado de Manuel I de Portugal (1495-1521), tendo como arquitecto Francisco de Arruda. Localizava-se sobre um afloramento rochoso nas águas do rio, fronteiro à antiga praia de Belém, e destinava-se a substituir a antiga nau artilhada, ancorada naquele trecho, de onde partiam as frotas para as Índias. As suas obras ficaram a cargo de Diogo Boitaca, que, à época, também dirigia as já adiantadas obras do vizinho Mosteiro dos Jerónimos.
Concluída em 1520, foi seu primeiro alcaide Gaspar de Paiva, nomeado para a função no ano seguinte.
Com a evolução dos meios de ataque e defesa, a estrutura foi, gradualmente, perdendo a sua função defensiva original. Ao longo dos séculos foi utilizada como registro aduaneiro, posto de sinalização telegráfico e farol. Os seus paióis foram utilizados como masmorras para presos políticos durante o reinado de Filipe II de Espanha (1580-1598), e, mais tarde, por João IV de Portugal (1640-1656). O Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas, D. Sebastião de Matos de Noronha (1586-1641), por coligação à Espanha e fazendo frente a D. João IV, foi preso e mandado recluso para a Torre de Belém.
Sofreu várias reformas ao longo dos séculos, principalmente a do século XVIII que privilegiou as ameias, o varandim do baluarte, o nicho da Virgem, voltado para o rio, e o claustrim.
Classificada como Monumento Nacional por Decreto de 10 de Janeiro de 1907, é considerada como Património Mundial pela UNESCO desde 1983. Naquele mesmo ano integrou a XVII Exposição Europeia de Arte Ciência e Cultura.

Sé de Lisboa

A Sé de Lisboa, inicialmente designada de Igreja de Santa Maria Maior, foi mandada construir em 1150 por D. Afonso Henriques, três anos depois de ter conquistado Lisboa aos Mouros.




A Sé de Lisboa foi construída no local de uma antiga mesquita, para o primeiro bispo de Lisboa, o cruzado inglês Gilbert de Hastings. Devastada por três terramotos no século XV, bem como pelo de 1755 - foram bastante inclementes para com a Matriz de Lisboa, dedicada a Santa Maria Maior, que sofreu danos e foi sendo renovada ao longo dos séculos.
Construída, ao que tudo indica, sobre a antiga mesquita muçulmana, o primeiro impulso edificador da Sé de Lisboa deu-se entre 1147, data da Reconquista da cidade, e os primeiros anos do século XIII, projecto em que se adoptou um esquema idêntico ao da Sé de Coimbra, com três naves, trifório sobre as naves laterais, transepto saliente e cabeceira tripartida. Nos séculos seguintes deram-se as transformações mais marcantes, com a construção da Capela de Bartolomeu Joanes, do lado Norte da entrada principal, o claustro dionisino, que apesar da sua planta irregular se inclui na tipologia de claustros góticos portugueses e, especialmente, a nova cabeceira com deambulatório, mandada construir por D. Afonso IV para seu panteão familiar.
Foi chamado de Românico por ter como base o arco romano semicircular, arco pleno ou meia circunferência. A construção românica é pesada, maciça, majestosa, terrena e consciente da sua força.A tendência de toda a arquitetura era para muita largura e pouca altura. Os interiores eram simples, e o baixo relevo era a forma mais comum de escultura.Para benefício de um povo iletrado o ornamento no interior das igrejas era de caráter instrutivo.A escultura que ornava portas, paredes e colunas eram abstratas e convencionais, a margem da realidade, nunca havia cópia directa da natureza. Os castelos nesta época tinham um aspecto vazio, escuro e eram cercados de muralhas, vendo-se no castelo feudal o desenvolvimento da arquitetura românica. A pintura era com muito ouro e púrpura. Pelas poucas aberturas existente neste estilo e interiores vastos eram propícios neste ambiente o uso de mosaicos, tapetes , panos decorativos e frescos.

Sé de Braga

A Sé de Braga, localiza-se na freguesia da Sé
Sé, na cidade de Braga, em Portugal.
Considerada como um centro de irradiação episcopal e um dos mais importantes templos do românico português, a sua história remonta à obra do primeiro bispo, D. Pedro de Braga, correspondendo à restauração da Sé episcopal em 1070, de que não se conservam vestígios.
Nesta catedral encontram-se os túmulos de Henrique de Borgonha e sua mulher, Teresa de Leão, os condes do Condado Portucalense, pais do rei D. Afonso Henriques.
Nas dependências da antiga casa do Cabido, mandada, construir no início do século XVIII, pelo Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles encontra-se o Tesouro Museu da Sé Catedral.

terça-feira, 24 de março de 2009

D.Duarte - O Eloquente

D. Duarte – (o Eloquente)
Reinou de 1433 a 1438


D. Duarte


Não foi do Rei Duarte tão ditoso
O tempo que ficou na suma alteza,
Que assim vai alternando o tempo iroso
O bem com mal, o gosto com a tristeza.
Quem viu sempre um estado deleitoso?
Ou quem viu em fortuna haver firmeza?
Pois ainda neste Reino e neste Rei
Não ousou ela tanto desta lei.

(Canto lV de Os Lusíadas - 51)

Neste reinado e ainda sob a direcção do Infante D. Henrique, continuaram os Descobrimentos.

Em 1434, Gil Eanes passou o Cabo Bojador e, em 1436, Afonso Gonçalves Baldaia, descobriu o Rio do Ouro.

Algumas terras que faziam parte dos bens da Coroa, tinham sido doadas, o que fez empobrecer o tesouro que, em dado momentos, se encontrou sem os rendimentos necessários para fazer face às despesas públicas. Para remediar este mal, foi por D. Duarte promulgada uma disposição que veio regulamentar as heranças doados pelo rei. Chama –se - lhe Lei Mental, porque D. João l já a trazia na mente e a aplicava, mesmo sem a ter publicado.

A conquista de todas as praças do norte de África continuava a ser a maior aspiração do Infante D. Henrique. Em 1437, por sua insistência e de seu irmão D. Fernando, concordou o rei D. Duarte em que se organizasse uma armada com o fim de conquistar Tânger. A expedição partiu, mas os portugueses foram mal sucedidos. Para lá não terem de ficar todos mortos ou prisioneiros, fizeram uma proposta ao inimigo, segundo a qual entregariam Ceuta, se lhes fosse facilitado o reembarque para Portugal. Os mouros aceitaram, mas exigiram como refém o Infante D. Fernando.

Logo que os expedicionários regressaram ao Reino, foram convocadas Cortes em Leiria para tratar da libertação de D. Fernando. Como tais cortes deliberassem rejeitar a entrega de Ceuta, os mouros fizeram então transportar o dito infante para Fez, onde morreu em 1443, com o epíteto de Infante Santo, pelos martírios e vexames sofridos durante o cativeiro.

O reinado de D. Duarte foi muito curto, pois, durou apenas 5 anos e alguns dias. Este rei faleceu em Tomar em 1438, vitimado por uma peste terrível que, no seu reinado flagelou o País. Era muito ilustrado e bondoso. Entre outras obras de merecimento, escreveu três livros notáveis: Leal Conselheiro, Arte de Bem cavalgar todo a sela e Livro de Misericórdia. Seus restos mortais encontram-se no mosteiro da Batalha.

D. DUARTE - O ELOQUENTE - (reinou de 1433 a 1438)

As navegações continuaram sob o impulso do Infante. Gil Eanes, em 1434, ultrapassa o Cabo Bojador (Sara Ocidental). O mesmo Gil Eanes e Afonso Baldaia atingem o Rio do Ouro e a Pedra da Gata (mais a sul do Cabo).
Foi breve e pouco feliz o reinado deste homem culto. Preocupado com o estudo e o ensino do bem, escreveu o "Leal Conselheiro" e a "Ensinança de Cavalgar Toda a Sela" (foi o primeiro, que no mundo, escreveu sobre equitação). Teve o azar de, no seu reinado, a peste, de que havia de morrer, se espalhar por quase todo o território, daí resultou fome e miséria.
D. Duarte quis obviar esta situação fazendo publicar "A Lei Mental". Deu-lhe este nome porque o pai já a trazia em mente e algumas vezes a aplicou. Destinava-se a corrigir a generosidade com que D. João I recompensara os serviços dos fidalgos, que auxiliaram a sua causa na guerra contra Castela. D. Duarte mandou regressar à coroa todos os bens doados na falta de herdeiro varão.
D. João I tinha sido um mãos largas para aqueles que o ajudaram a conquistar o trono. A D. Nuno Álvares Pereira deu quase metade de Portugal. Quando viu que a sua liberalidade tinha sido um exagero e que assim não conseguiria governar o país, pensou como devia corrigir a situação. É daqui que vem o nome ao diploma.
Com Nuno Álvares Pereira, o rei usou de um estratagema para fazer regressar as terras à coroa, sem melindrar o Condestável; fez casar o seu filho bastardo D. Afonso, 3º conde de Barcelos, com D. Beatriz, filha única de Nuno Álvares. Ficou criada a poderosa Casa de Bragança, mas com fortes ligações à coroa.
D. Duarte, rei previdente e culto, teve a sensibilidade de convidar Fernão Lopes (1380-1459) para guarda das escrituras régias e cronista-mor do Reino. Fernão Lopes escreveu as crónicas (narrações históricas) de D. Pedro I, D. Fernando I e D. João I, que são verdadeiros monumentos históricos de verdade, objectividade e isenção.
O final do curto e triste reinado de D. Duarte termina pouco tempo depois do desastre de Tânger. Os portugueses, além da Expansão marítima, começaram a pensar em se estender pelo Norte de África a fim de evitar os constantes ataques dos mouros daquelas paragens. Uma das praças que pensaram conquistar foi Tânger. A expedição não teve sucesso. Foram derrotados e a maioria feita prisioneira. Aqui ficou cativo D. Fernando, irmão do rei, que os mouros pretenderam trocar pela praça de Ceuta. As Cortes não o permitiram e D. Fernando morreu no cativeiro com o epíteto de santo, pelos martírios que aí passou. D. Duarte não resistiu à dor e a peste tomou conta dele.

Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro – Marinha Grande - Portugal

D.Inês de Castro

D.Pedro I - Justiceiro

quinta-feira, 19 de março de 2009

D.Sancho

D.Afonso II - O Gordo

Aqui vamos contar história.História do Homem, da Terra, da Europa, de Portugal.História real e Estórias lendárias...Pedaços da vida que conhecemos e que me vêm parar às mãos.Vou tentar transmitir a História duma maneira mais leve, por isso perdoem-me os historiadores se às vezes brincar com coisas sérias.Gostava de possuir todo o conhecimento da História, para perceber melhor sobre tudo...Wish me luck...cá vai..
Afonso II - O Gordo
O Gordo, gordalhufo...
Como podem reparar pelas imagens os reis de Portugal até este ponto têm vindo a tornar-se mais cheínhos.Nasceu no ano em que seu avô morreu, 1185. Começou a ser Rei em 1211, com 26 anos. Começou bem, pode-se dizer, andando uns tempos à “chapada” com as irmãs mais velhas, Mafalda, Teresa e Sancha. Parece que já era hábito de família andarem todos às turras. Isto aconteceu porque o papá tinha dito às manas que teriam o título de rainhas e até lhes tinha concedido uns castelos no reino, mas o mano Afonso não achava piada nenhuma àquilo de ter as manas a atrapalhar por isso mandou-as ou para fora do território ou para um mosteiro onde podiam descansar a pele e tomar uns banhos num spa.Em 1208, casou-se com D.Urraca de Castela, filha dos reis de Castela e neta do Rei de Inglaterra Henrique II. Como podem ver pela imagem, não veio muito contente morar para Portugal, provavelmente por inveja das irmãs e irmão todos Rainhas e Rei de territórios muito maiores. Teve cinco filhos, entre os quais 2 futuros Reis. D. Afonso, para além destes cinco, que se saiba teve mais dois bastardos, bem mais calminhos que os antecessores!!Ao contrário do pai e do avô, não lhe apeteceu nada andar à chapada com os vizinhos, acabando por perder a dada altura Alcácer do Sal para os Mouros, mas depois pediu ajuda a uns cruzados para a reconquistar e a zona passou a ser quartel general da Ordem de Santiago.Em vez da conquista, preferiu dedicar-se à organização económica e social do reino. As primeiras leis do país foram feitas por ele, relativas à propriedade privada, ao direito civil e à cunhagem de moeda. Também mandou embaixadas a outros países da Europa para estabelecer tratos comerciais.Tentou fazer uma reforma da igreja dentro de Portugal, procurando desviar alguns fundos da dita para os cofres nacionais. Esta atitude deu origem a um conflito diplomático entre o Papado e Portugal, e assim foi excomungado pelo Papa Honório III. Apesar dos esforços para remediar a situação, acabou por morrer excomungado em 1223. Foi substituído pelo filho D. Sancho II (como o avô) mais uma prova de originalidade na familia!
D. Afonso II (cognominado O Gordo, O Crasso ou O Gafo, em virtude da doença que o teria afectado) terceiro rei de Portugal, nasceu em Coimbra a 12 de Abril 1185 e morreu na mesma cidade a 25 de Março 1223. Contudo foi sepultado no Mosteiro de Alcobaça. Afonso II era filho do rei Sancho I de Portugal e da sua mulher, Dulce de Berenguer, mais conhecida como Dulce de Barcelona, infanta de Aragão. Afonso sucedeu ao seu pai em 1211.
Os primeiros anos do seu reinado foram marcados por violentos conflitos internos entre Afonso II e as suas irmãs Mafalda, Teresa e Sancha (a quem seu pai legara em testamento, sob o título de rainhas, a posse de alguns castelos no centro do país - Montemor-o-Velho, Seia e Alenquer -, com as respectivas vilas, termos, alcaidarias e rendimentos), numa tentativa de centralizar o poder régio, o que foi resolvido apenas com o confisco dos bens e exílio para Castela ou recolhimento a mosteiros das infantas.
O reinado de Afonso II caracterizou um novo estilo de governação, contrário à tendência belicista dos seus antecessores. Afonso II não contestou as suas fronteiras com Galiza e Castela, nem procurou a expansão para Sul (não obstante no seu reinado ter sido tomada aos Mouros a cidade de Alcácer do Sal, em 1217, mas por iniciativa de um grupo de nobres liderados pelo bispo de Lisboa), preferindo sim consolidar a estrutura económica e social do país. O primeiro conjunto de leis portuguesas é de sua autoria e visam principalmente temas como a propriedade privada, direito civil e cunhagem de moeda. Foram ainda enviadas embaixadas a diversos países europeus, com o objectivo de estabelecer tratados comerciais. Apesar de, como já dissemos, não ter tido preocupações militares, enviou tropas portuguesas que, ao lado de castelhanas, aragonesas e francesas, combateram bravamente na célebre batalha de Navas de Tolosa na defesa da Península Ibérica contra os muçulmanos.
Outras reformas de Afonso II tocaram na relação da coroa Portuguesa com o Papa. Com vista à obtenção do reconhecimento da independência de Portugal, Afonso Henriques, seu avô, foi obrigado a legislar vários privilégios para a Igreja. Anos depois, estas medidas começaram a ser um peso para Portugal, que via a Igreja desenvolver-se como um estado dentro do estado. Com a existência de Portugal firmemente estabelecida, Afonso II procurou minar o poder clerical dentro do país e aplicar parte das receitas das igrejas em propósitos de utilidade nacional. Esta atitude deu origem a um conflito diplomático entre o Papado e Portugal. Depois de ter sido excomungado pelo Papa Honório III, Afonso II prometeu rectificar os seus erros contra a Igreja, mas morreu em 1223 excomungado, sem fazer nenhum esforço sério para mudar a sua política.
Só após a resolução do conflito com a Igreja, logo nos primeiros meses de reinado do seu sucessor Sancho II, pôde finalmente Afonso II descansar em paz no Mosteiro de Alcobaça (foi o primeiro monarca a fazer da abadia cisterciense o panteão real).
Descendência
Por sua mulher, Urraca de Castela (1186-1220)
Sancho II de Portugal (1207-1248)
Afonso III de Portugal (1210-1279)
Leonor, infanta de Portugal (1211-1231), casou com o rei Valdemar III da Dinamarca
Fernando de Portugal, Senhor de Serpa (1217-1246), senhor de Serpa
Vicente de Portugal (1219)
Filhos naturais:
João Afonso (m. 1234)
Pedro Afonso (n. 1210)

D.João I - O da Boa Memória

D. João I - O da Boa Memória

D.João I, em 1385 nas Cortes de Coimbra onde D. João, Mestre de Avis é aclamado rei de Portugal.
- Ínicio do reinado de D. João I - 1385;
- Os portugueses vencem os Castelhanos, na batalha de Aljubarrota.
- Em 1415 os Portugueses conquistam a praça de Ceuta;
- Ínicio da expansão portuguesa.

sexta-feira, 13 de março de 2009

D.Afonso V - O Bravo

Afonso IV de Portugal, cognominado o Bravo, sétimo rei de Portugal, nasceu em Lisboa a 8 de Fevereiro de 1291 e morreu na mesma cidade a 28 de Maio de 1357. Era filho do rei Dinis de Portugal e de sua mulher, Rainha Santa Isabel, princesa de Aragão. Afonso IV sucedeu a seu pai a 7 de Janeiro de 1325.Apesar de ser o único filho legítimo de seu pai, Afonso não seria, de acordo com algumas fontes, o favorito do rei D. Dinis, que preferia a companhia de D. Afonso Sanches, um dos seus bastardos (legitimado). Esta preferência deu lugar a uma rivalidade entre os dois irmãos que, algumas vezes, deu lugar a confrontos armados. Em 1325, Afonso IV tornou-se rei e, como primeira decisão, exilou Afonso Sanches para Castela, retirando-lhe de caminho todas as terras, títulos e feudos concedidos pelo pai de ambos. O exilado não se conformou e do outro lado da fronteira orquestrou uma série de manobras políticas e militares com o fim de se tornar ele próprio rei. Depois de várias tentativas de invasão falhadas, os irmãos assinaram um tratado de paz, sob o patrocínio da Rainha Santa Isabel.Em 1309, Afonso IV casou com a princesa Beatriz, filha do rei Sancho IV de Castela. A primogénita desta união, a princesa Maria de Portugal, casou com Afonso XI de Castela em 1328, mas o casamento revelou-se infeliz, dado que o Rei de Castela maltratava abertamente a mulher. Afonso IV não ficou contente por ver sua filha menosprezada e atacou as terras fronteiriças de Castela em retaliação. A paz chegou quatro anos mais tarde, e com a intervenção da própria Maria de Portugal, um tratado foi assinado em Sevilha em 1339. No ano seguinte, em Outubro de 1340, tropas portuguesas participaram na grande vitória da Batalha do Salado contra os mouros merínidas.Em 1343 houve no reino grande carestia de cereais, em 1347 ocorreu um sismo que abalou Coimbra, tendo causado enormes prejuízos, e em 1348 a peste negra, vinda da Europa, assola o país. De todos os problemas foi a peste o mais grave, vitimando grande parte da população e causando grande desordem no reino. O rei reagiu prontamente, tendo promulgado legislação a reprimir a mendicidade e a ociosidade.A última parte do reinado de Afonso IV foi marcada por intriga política e conflitos internos em grande parte devidos à presença em solo português de refugiados da guerra civil entre Pedro I de Castela e seu meio-irmão Henrique da Trastâmara. Entre os exilados contavam-se vários nobres, habituados ao poder, que cedo criaram a sua própria facção dentro da Corte portuguesa. Quando Inês de Castro se torna amante do príncipe herdeiro Pedro, os nobres castelhanos cresceram em poder e favor real. Afonso IV não ficou agradado com o favoritismo concedidos aos castelhanos e procurou de várias formas afastar Inês do filho. Sem sucesso, porque Pedro assumiu tanto a relação com a castelhana, como os filhos ilegítimos que dela teve, acrescentando em 1349 a recusa de tornar a casar com outra que não ela. Com o passar dos anos, Afonso IV perdeu o controle da situação, a facção castelhana e Inês aumentavam o seu poder, enquanto que o único filho legítimo de Pedro, o futuro rei Fernando, crescia como uma criança doente. Preocupado com a vida do único neto que reconhecia e com o acréscimo de poder estrangeiro dentro de fronteiras, Afonso IV ordena a morte de Inês de Castro em 1355. Ao contrário do que esperava, o seu filho não se aproximou de si. Perdendo a cabeça, Pedro entrou em guerra aberta contra o pai e saqueou a região do Entre-Douro-e-Minho. A reconciliação chegou apenas em 1357 e Afonso IV morreu pouco tempo depois.Como rei, Afonso IV é lembrado como um soldado e comandante corajoso, daí o cognome de Bravo. A sua maior contribuição a nível económico e administrativo foi a importância dada à marinha portuguesa. Afonso IV subsidiou a construção de uma marinha mercante e financiou as primeiras viagens de exploração Atlântica. As Ilhas Canárias foram descobertas no seu reinado.

D.Leonor Teles

Nasceu em Trás-os-Montes a 27 de Abril, de 1386.
Entre essas damas havia uma de nome Maria Teles, que sem querer veio a desviar o rumo dos acontecimentos por se ter lembrado de convidar uma sua irmã mais nova a passar uma temporada na corte. Chamava-se Leonor Teles e era linda. O rei, assim que a viu apaixonou-se loucamente. Ela correspondeu, ou pelo menos agradou-lhe a situação.
O pior é que já era casada com João Lourenço da Cunha, de quem tinha um filho… Estes obstáculos não impediram, a paixão de evoluir e de se tornar pública.
O recado do povo foi claro: estavam ali por causa do casamento. Consideravam que o enlace com Leonor Teles era uma desonra, um pecado que fazia nojo a Deus, aos fidalgos e ao povo. Pediram-lhe por tanto que, se não queria desposar a filha do rei de Castela, escolhe-se uma menina solteira de nobres famílias Portuguesas que lhe desse herdeiros legítimos.
D. Fernando ficou desvairado. Não conseguiu suportar a ideia de perder Leonor e foi pedir apoio a Maria Teles.
D. Leonor Teles sentia-se segura, conseguira que o rei, apesar da reprovação geral, a tomasse por mulher legítima.
As pessoas retiraram-se muitos contentes, convencidos de que o assunto se resolvera. E diziam entre si que, se o rei insistisse em manter Leonor Teles na corte, haviam de ir busca-la à força e mandá-la para um sítio onde ele nunca mais a visse.

D.Sancho II - O Capelo

D. Sancho II, o Capelo

D. Sancho II tinha 13 anos apenas quando subiu ao trono. Não lhe era fácil portanto evitar que rebentassem conflitos entre os dois partidos que já se opunham no reinado anterior. Os conflitos estalaram mesmo e de forma tempestuosa.
Os homens que tinham apoiado o seu pai queriam continuar a mesma política. A autoridade do rei devia estender-se a todo o país, incluindo as terras das nobres e do clero.
Os grandes senhores da nobreza e do clero recusavam, considerando que nas terras deles só eles próprios deviam mandar.
Pobre príncipe! Adolescente e inseguro, não sabia a quem dar razão nem como impedir que os opositores começassem a matar-se uns aos outros.
Tal como era costume na época, os grupos em confronto trataram de enviar mensageiros a Roma com a incumbência de exporem a causa e pedirem apoio ao papa. Isto de nada serviu, porque o papa Honório III também hesitou. Primeiro mandou cartas (2) a favor do rei e depois a favor dos seus adversários. O problema ficou por resolver.




Trabalho realizado por:

Telmo Almeida Nº:19 Ano: 5ºA

D.Afonso II - O Gordo

Afonso II de Portugal

D. Afonso II (cognominado O Gordo, O Crasso ou O Gafo, em virtude da doença que o teria afectado) terceiro rei de Portugal, nasceu em Coimbra a 12 de Abril 1185 e morreu na mesma cidade a 25 de Março 1223. Contudo foi sepultado no Mosteiro de Alcobaça. Afonso II era filho do rei Sancho I de Portugal e da sua mulher, Dulce de Berenguer, mais conhecida como Dulce de Barcelona, infanta de Aragão. Afonso sucedeu ao seu pai em 1211.Os primeiros anos do seu reinado foram marcados por violentos conflitos internos entre Afonso II e as suas irmãs Mafalda, Teresa e Sancha (a quem seu pai legara em testamento, sob o título de rainhas, a posse de alguns castelos no centro do país - Montemor-o-Velho, Seia e Alenquer -, com as respectivas vilas, termos, alcaidarias e rendimentos), numa tentativa de centralizar o poder régio, o que foi resolvido apenas com o confisco dos bens e exílio para Castela ou recolhimento a mosteiros das infantas.O reinado de Afonso II caracterizou um novo estilo de governação, contrário à tendência belicista dos seus antecessores. Afonso II não contestou as suas fronteiras com Galiza e Castela, nem procurou a expansão para Sul (não obstante no seu reinado ter sido tomada aos Mouros a cidade de Alcácer do Sal, em 1217, mas por iniciativa de um grupo de nobres liderados pelo bispo de Lisboa), preferindo sim consolidar a estrutura económica e social do país. O primeiro conjunto de leis portuguesas é de sua autoria e visam principalmente temas como a propriedade privada, direito civil e cunhagem de moeda. Foram ainda enviadas embaixadas a diversos países europeus, com o objectivo de estabelecer tratados comerciais. Apesar de, como já dissemos, não ter tido preocupações militares, enviou tropas portuguesas que, ao lado de castelhanas, aragonesas e francesas, combateram bravamente na célebre batalha de Navas de Tolosa na defesa da Península Ibérica contra os muçulmanos.Outras reformas de Afonso II tocaram na relação da coroa Portuguesa com o Papa. Com vista à obtenção do reconhecimento da independência de Portugal, Afonso Henriques, seu avô, foi obrigado a legislar vários privilégios para a Igreja. Anos depois, estas medidas começaram a ser um peso para Portugal, que via a Igreja desenvolver-se como um estado dentro do estado. Com a existência de Portugal firmemente estabelecida, Afonso II procurou minar o poder clerical dentro do país e aplicar parte das receitas das igrejas em propósitos de utilidade nacional. Esta atitude deu origem a um conflito diplomático entre o Papado e Portugal. Depois de ter sido excomungado pelo Papa Honório III, Afonso II prometeu rectificar os seus erros contra a Igreja, mas morreu em 1223 excomungado, sem fazer nenhum esforço sério para mudar a sua política.Só após a resolução do conflito com a Igreja, logo nos primeiros meses de reinado do seusucessor Sancho II, pôde finalmente Afonso II descansar em paz no Mosteiro de Alcobaça (foi o primeiro monarca a fazer da abadia cisterciense o panteão real).

Diogo
Nº4
TºA

D.Afonso - O Africano

D. Afonso V, o Africano

D. Afonso V, o Africano, duodécimo rei de Portugal, filho de D. Duarte e de D. Leonor de Aragão, nasceu em Sintra em 1432. Reinou de 1438 a 1481.
Tinha apenas seis anos quando seu pai faleceu. No seu testamento nomeava D. Duarte tutor do pequeno rei, e regente do reino a sua viúva. Esta, porém, não era muito simpática ao povo, que não queria ser governado por uma estrangeira. Seguiram-se tumultos e incidentes, que terminaram por as Cortes tirarem a regência a D. Leonor, confiando-a a seu cunhado, o infante D. Pedro, duque de Coimbra. D. Afonso chegou à sua maioridade em 1446, assumindo o governo do reino. Depois da tragédia de Alfarrobeira, como avidamente desejasse conquistar glória pelas armas, fez várias expedições a África, nas quais se mostrou mais corajoso do que prudente.

domingo, 8 de março de 2009

D.Pedro I - O Justiceiro

D.Pedro I

Ordem - 8º Monarca de Portugal
Cognome - O Justiceiro
Início do reinado - 8 de Maio de 1357
Termino do reinado - 18 de Janeiro de 1367
Aclamação - Lisboa
Predecessor - D.Afonso IV
Sucessor - D.Fernando I
Pai - D.Afonso IV
Mãe - D.Beatriz de Castela
Data de nascimento - 8 de Abril de 1320
Local de nascimento - Coimbra
Data de falecimento - 18 de Janeiro de 1367
Local de falecimento - Estremoz
Local de enterro - Mosteiro de Santa Maria, Alcobaça
Consorte (s) D.Branca de Castela,D.Constança Manuel,D.Inês de Castro
Príncepe herdeiro - Infante D.Fernando
Dinastia - Borgonha (Afonsina)

D. Pedro I, casou primeiro com Branca de Castela, a quem repudiou por debilidade física e mental. Casou depois com Constança Manuel, filha de, um fidalgo castelhano que, quando veio para Portugal, trouxe consigo Inês de Castro. A ligação amorosa entre o infante D. Pedro e Inês de Castro foi imediata o que provocou forte conflito entre D. Afonso IV e seu filho e provocou a morte prematura de Constança Manuel. Temendo o monarca a nefasta influência dos Castros em seu filho, resolveu condenar à morte Inês de Castro, o que provocou a rebelião de D. Pedro contra si. Contudo a paz entre o pai e o filho foi estabelecida em breve e D. Pedro foi associado aos negócios do Estado, ficando-lhe desde logo incumbida uma função, que sempre haveria de andar ligada à sua memória – a de exercer justiça.
Conta também a tradição que Pedro teria feito desenterrar o corpo da amada, coroando-o como Rainha de Portugal, e obrigando os nobres a procederem à cerimónia do beija-mão real ao cadáver, sob pena de morte. De seguida, ordenou a execução de dois túmulos (verdadeiras obras-primas da escultura gótica em Portugal), os quais foram colocados nas naves laterais do mosteiro de Alcobaça para que, no dia do Juízo Final, os eternos amantes, então ressuscitados.

O governo de D. Pedro l, foi proveitoso e excelente para a paz e economia da Nação. O Reino de Portugal continuou a prosperar no seu reinado. Quando o rei faleceu, deixou os cofres públicos cheios de dinheiro. A justiça que aplicava, rigorosa e severa, era igual para todos. Por isso mereceu da História o cognome de Justiceiro. Embora arrebatado de génio, tinha um coração bondoso. O povo adorava-o.
Durante o seu reinado evitou guerras; logrando aumentar o tesouro. Cunhou ouro e prata. E exerceu uma justiça exemplar, sem discriminações, julgando de igual modo nobres e plebeus. Os documentos coevos e o testemunho de Fernão Lopes definem-nos D. Pedro como justiceiro, generoso, folgazão, amado pelo povo e de grande popularidade.
À sua morte o povo dizia que «ou não havia de ter nascido, ou nunca havia de morrer».
Os seus restos mortais, assim como os de D. Inês de Castro, encontram-se em dois riquíssimos túmulos, próximos um do outro, no mosteiro de Alcobaça.




Elaborado por: Marcelo dos Santos Gonçalves 5ºC nº13


Referências bibliográficas:
http://forum.g-sat.net/archive/index.php/t-92235.html
http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/pedro1.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_I_de_Portugal


sexta-feira, 6 de março de 2009

D. Afonso III - O Bolonhês

D. Afonso III

D. Afonso III (Coimbra, 5 de Maio de 1210 – id., 16 de Fevereiro de 1279), cognominado O Bolonhês por ter sido casado com a condessa Matilde II de Bolonha, foi o quinto Rei de Portugal. Afonso III era o segundo filho do rei Afonso II e da sua mulher Urraca de Castela, e sucedeu ao seu irmão Sancho II em 1248

Guerra civil e deposição de D. Sancho II

Como segundo filho, Afonso não era suposto herdar o trono destinado a Sancho e por isso fez a vida em França, onde casou com Matilde II de Bolonha em 1235, tornando-se assim conde jure uxoris de Bolonha. Todavia, em 1246, os conflitos entre Sancho II e a Igreja tornaram-se insustentáveis e o Papa Inocêncio IV ordenou a substituição do rei pelo conde de Bolonha. Afonso não ignorou a ordem papal e dirigiu-se a Portugal, onde se fez coroar rei em 1248 após o exílio e morte de Sancho II em Toledo.
Até à morte de D. Sancho e a sua consequente coroação, D. Afonso apenas usou os títulos de Visitador, Curador e Defensor do Reino.
Para aceder ao trono, Afonso abdicou de Bolonha e repudiou Matilde para casar com Beatriz de Castela. Decidido a não cometer os mesmos erros do irmão, o novo rei prestou especial atenção à classe média de mercadores e pequenos proprietários, ouvindo suas queixas.
Em 1254, na cidade de Leiria convocou a primeira reunião das Cortes, a assembleia geral do reino, com representantes de todos os espectros da sociedade. Afonso preparou legislação que restringia a possibilidade das classes altas cometerem abusos sobre a população menos favorecida e concedeu inúmeros privilégios à Igreja. Recordado como excelente administrador, Afonso III organizou a administração pública, fundou várias vilas e concedeu o privilégio de cidade através do edicto de várias cartas de foral.

Reconquista

Com o trono seguro e a situação interna pacificada, Afonso voltou sua atenção para os propósitos da Reconquista do Sul da Península Ibérica às comunidades muçulmanas. Durante o seu reinado, Faro foi tomada com sucesso em 1249 e o Algarve incorporado no reino de Portugal.
Após esta campanha de sucesso, Afonso teve de enfrentar um conflito diplomático com Castela, que considerava que o Algarve lhe pertencia. Seguiu-se um período de guerra entre os dois países, até que, em 1267, foi assinado um tratado em Badajoz que determina a fronteira no Guadiana desde a confluência do Caia até à foz, a fronteira luso-castelhana.

Segundas núpcias

Em 1253, o rei desposou D. Beatriz, conhecida por D. Brites por distorção do povo, filha de D. Afonso X de Castela, O Sábio. Desde logo isto constituiu polémica pois D. Afonso era já casado com Matilde II de Bolonha.
O Papa Alexandre IV respondeu a uma queixa de D. Matilde, ordenando ao rei D. Afonso que abandone D. Beatriz em respeito ao seu matrimónio com D. Matilde. O rei não obedeceu, mas procurou ganhar tempo neste assunto delicado, e o problema ficou resolvido com a morte de D. Matilde em 1258. O infante, D. Dinis, nascido durante a situação irregular dos pais, foi então legitimado em 1263.
O casamento funcionou como uma aliança que pôs termo à luta entre Portugal e Castela pelo Reino do Algarve. Também resultou em mais riqueza para Portugal quando D. Beatriz, já após a morte do rei, recebe do seu pai, Afonso X, uma bela região a Este do Rio Guadiana, onde se incluíam as vilas de Moura, Serpa, Noudar, Mourão e Niebla. Tamanha dádiva deveu-se ao apoio que D. Brites lhe prestou durante o seu exílio na cidade de Sevilha.

Excomunhão do rei e do reino

No final da sua vida, viu-se envolvido em conflitos com a Igreja, tendo sido excomungado em 1268 pelo arcebispo de Braga e pelos bispos de Coimbra e Porto, para além do próprio Papa Clemente IV, à semelhança dos reis que o precederam. O clero havia aprovado um libelo contendo quarenta e três queixas contra o monarca, entre as quais se achavam o impedimento aos bispos de cobrarem os dízimos, utilização dos fundos destinados à construção dos templos, obrigação dos clérigos a trabalhar nas obras das muralhas das vilas, prisão e execução de clérigos sem autorização dos bispos, ameaças de morte ao arcebispo e aos bispos e, ainda, a nomeação de judeus para cargos de grande importância.
O rei, que era muito querido pelos portugueses por decisões como a da abolição da anúduva (imposto do trabalho braçal gratuito, que obrigava as gentes a trabalhar na construção e reparação de castelos e palácios, muros, fossos e outras obras militares), recebeu apoio das cortes de Santarém em Janeiro de 1274, onde foi nomeada uma comissão para fazer um inquérito às acusações que os bispos faziam ao rei. A comissão, composta maioritariamente por adeptos do rei, absolveu-o. O Papa Gregório X, porém, não aceitou a resolução tomada nas cortes de Santarém e mandou que se excomungasse o rei e fosse lançado interdito sobre o reino em 1277.
À sua morte, em 1279, D. Afonso III jurou obediência à Igreja e a restituição de tudo o que lhe tinha tirado. Face a esta atitude do rei, o abade de Alcobaça levantou-lhe a excomunhão e o rei foi sepultado no Mosteiro de Alcobaça.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Rainha Santa Isabel e o Milagre das Rosas

D.João II - Princípe Perfeito

Antes do trono

Como príncipe, João II acompanhou o seu pai nas campanhas em África e foi armado cavaleiro por Afonso V, depois da tomada de Arzila a 21 de Agosto de 1471, junto ao corpo do conde de Marialva, perecido nessa batalha. No início desse ano, a 22 de Janeiro, em Setúbal, desposou Leonor de Viseu, princesa de Portugal e sua prima direita, filha do infante D. Fernando. Fruto desta união, nasce em 1475 o infante D. Afonso.
Em 1474 assumiu a direcção da política da expansão enquanto D. Afonso V travava luta com os castelhanos e, a 25 de Abril do ano seguinte, assumiu a regência do reino que, por ir socorrer o pai a Espanha, passara para o encargo de D. Leonor. Participou, a 2 de Março, na batalha de Toro.
A época das conspirações e da morte dos conspiradores

Desde jovem que João não era popular junto dos pares do reino, visto que parecia ser imune a influência externa e desprezava a intriga. Os nobres poderosos, nomeadamente Fernando II, duque de Bragança, tinham medo da sua governação e, assim que ganhou as rédeas do país, João provou que tinham razão para isso.
Depois da sua ascensão ao trono, João II tomou uma série de medidas com vista a retirar poder à aristocracia e a concentrá-lo em si próprio. Imediatamente, começaram as conspirações mas inicialmente o rei adoptou uma posição de mero observador. Cartas de reclamação e pedidos de intervenção foram trocadas entre o duque de Bragança e os Reis católicos de Espanha. A correspondência é interceptada por espiões do rei em 1483 e, em consequência, a casa de Bragança é proscrita e o duque executado em Évora. No ano seguinte, o duque de Viseu, D. Diogo, primo e cunhado de João II, é chamado ao palácio e esfaqueado pelo próprio rei por suspeitas de nova conspiração. Muitas outras pessoas foram executadas, assassinadas ou exiladas para Castela, incluindo o bispo de Évora, D. Garcia de Meneses, envenenado na prisão. Diz a tradição que João II comentou, em relação à limpeza no país: eu sou o senhor dos senhores, não o servo dos servos.
Depois destes eventos, mais ninguém em Portugal ousou desafiar ou conspirar contra o rei, que não hesitava em fazer justiça pelas suas próprias mãos. João II podia agora governar o país sem que ninguém se lhe opusesse.
A exploração marítima

João II foi um grande defensor da política de exploração atlântica iniciada pelo seu tio-avô Henrique. Os descobrimentos portugueses serão a sua prioridade governamental, bem como a busca do caminho marítimo para a Índia. Durante o seu reinado conseguiram-se os seguintes feitos:
• 1484 – Diogo Cão descobre a foz do Rio Congo e explora a costa da Namíbia
• 1488 – Bartolomeu Dias cruza o Cabo da Boa Esperança, tornando-se no primeiro europeu a navegar no Oceano Índico vindo de oeste
• 1493 – Álvaro de Caminha inicia a colonização das ilhas de São Tomé e Príncipe
• são enviadas expedições por terra lideradas por Pêro da Covilhã e Afonso de Paiva ao Cairo, Adém, Ormuz, Sofala e Abissínia, a terra do lendário Preste João, donde enviam relatórios sobre essas paragens, ficando D. João II com a certeza de poder atingir a Índia por mar.

D. João II, rei de Portugal
Ordem: 13.º Monarca de Portugal

Cognome(s): O Príncipe Perfeito, O Tirano
Início do Reinado: 29 de Agosto de 1481

Término do Reinado: 25 de Outubro de 1495

Aclamação: Sintra,
31 de Agosto de 1481

Predecessor: D. Afonso V

Sucessor: D. Manuel I


Pai: D. Afonso V,

Mãe: D. Isabel

Data de Nascimento: 3 de Maio de 1455

Local de Nascimento: Lisboa

Data de Falecimento: 25 de Outubro de 1495

Local de Falecimento: Alvor

Local de Enterro: Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Batalha

Consorte(s): D. Leonor, Infanta de Portugal

Príncipe Herdeiro: Príncipe D. Afonso (filho)
D. Manuel, Duque de Beja (primo)

Dinastia: Avis

A totalidade das descobertas portuguesas do reinado de João II permanece desconhecida. Muita informação foi mantida em segredo por razões políticas e os arquivos do período foram destruídos no Terramoto de 1755. Os historiadores ainda discutem a sua verdadeira extensão, suspeitando que navegadores portugueses chegaram à América antes de Cristóvão Colombo. Para suportar esta hipótese são citados com frequência os cálculos mais precisos que os portugueses tinham do diâmetro da Terra. No fim do século XV, havia em Portugal uma escola de navegação, cartografia e matemática há mais de oitenta anos, onde os cientistas mais talentosos se dedicavam à investigação. Enquanto Colombo acreditava poder chegar à Índia seguindo para oeste, é provável que João II já soubesse da existência de um continente no meio. As viagens do misterioso capitão Duarte Pacheco Pereira, para oeste de Cabo Verde foram possivelmente mais importantes do que as interpretações tradicionais supõem. Portanto, quando Colombo pediu apoio para a sua viagem, João II recusou. Colombo, capitão sem experiência atlântica, partia de uma suposição que o rei sabia estar errada. Decidido a chegar à Índia pelo ocidente, contornando África, não havia razão para subsidiar a expedição. Em 1492, ao serviço dos reis de Castela e Aragão, Colombo descobriu oficialmente a América. Até à sua morte, esteve convencido que havia chegado à Índia. Este evento iniciou entre Portugal e Castela uma série de disputas sobre o domínio dos mares. Foi esta rivalidade que levou à assinatura do Tratado de Tordesilhas a 7 de Junho de 1494. O tratado definia o semi-meridiano de Tordesilhas e estipulava que as terras a este desta linha seriam possessões portuguesas, enquanto a outra metade do mundo seria espanhola.

O problema da descendência

Mas a divisão do mundo não era o único assunto pendente entre os reinos ibéricos. Os reis católicos tinham várias filhas, mas apenas um filho, Juan, de saúde frágil. A filha mais velha, Isabel, era casada com o príncipe Afonso de Portugal desde a infância. Se Juan morresse sem deixar herdeiros, o mais provável seria Afonso, único filho de João II, tornar-se rei não só de Portugal, mas também de Castela e Aragão. Esta ameaça à coroa espanhola era bem real: Fernando de Aragão e Isabel I de Castela tentaram todas as vias diplomáticas para dissolver o casamento, sem qualquer sucesso. Finalmente, em 1491, o príncipe Afonso morre em consequência de uma misteriosa queda de cavalo durante um passeio à beira do rio Tejo. A ligação dos reis católicos ao acidente nunca foi provada, mas eram eles quem mais tinha a ganhar.
Durante o resto da sua vida, João II tentou, sem sucesso, obter a legitimação do seu filho bastardo, Jorge. D. Jorge, Duque de Coimbra, era fruto da relação adúltera do rei com D. Ana Furtado de Mendonça, filha de um fidalgo da corte e dama de honor da princesa D. Joana, a Beltraneja.
João II morreu em 1495, sem herdeiros legítimos. Dado o ódio que a nobreza portuguesa sempre lhe teve, a hipótese de envenenamento não é de excluir. Antes de morrer, João II escolheu Manuel de Viseu, duque de Beja, seu primo direito e cunhado (era irmão da rainha Leonor) para sucessor.
A rainha Isabel, a Católica, de Castela, por ocasião da sua morte, terá afirmado «Murió el Hombre!», referindo-se ao monarca português como o Homem por antonomásia, devido às posições de força que assumira durante o seu reinado.
Foi-lhe atribuído o cognome o Príncipe Perfeito pois foi graças às medidas por ele implantadas que emergiu triunfante o valor da sua obra, ou seja, a época de ouro de Portugal.
Jaz no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha.

domingo, 1 de março de 2009

D.Filipe I - O prudente

D. Filipe I - O Prudente
Filipe I, assumiu o trono português em Março de 1581, na cidade de Tomar e cedo prometeu respeitar as tradições e os privilégios portugueses. Na verdade, apenas a nível externo Portugal perdeu a sua autonomia e independência, tendo toda a política interna ficado separada da espanhola.
Acontece que, sendo a nossa política externa ditada directamente por Madrid rapidamente as possessões portuguesas foram descuradas relativamente às espanholas, tendo aquelas sofrido vários ataques dos franceses, ingleses e holandeses.
A marinha portuguesa beneficiou de pouquíssimos investimentos, tendo inclusive, ficado bastante debilitada após o desastre que foi a derrota da Invencível Armada, em 1588, contra a Inglaterra. A vitória dos ingleses permitiu que estes ficassem os donos dos mares, substituindo a posição alcançada, em tempos, pelos portugueses, e começassem a atacar de forma ainda mais violenta as nossas cidades fora do continente europeu e os nossos barcos que transportavam as especiarias essenciais para o equilíbrio da balança comercial que na época se encontrava, cada vez mais desequilibrada.
D. Filipe I, de Portugal, morre em 1598, sucedendo-lhe Filipe II.

D. Afonso II

D. Afonso II (cognominado O Gordo, O Crasso ou O Gafo, em virtude da doença que o teria afectado) terceiro rei de Portugal, nasceu em Coimbra a 12 de Abril 1185 e morreu na mesma cidade a 25 de Março 1223. Contudo foi sepultado no Mosteiro de Alcobaça. Afonso II era filho do rei Sancho I de Portugal e da sua mulher, Dulce de Berenguer, mais conhecida como Dulce de Barcelona, infanta de Aragão. Afonso sucedeu ao seu pai em 1211.
Os primeiros anos do seu reinado foram marcados por violentos conflitos internos entre Afonso II e as suas irmãs Mafalda, Teresa e Sancha (a quem seu pai legara em testamento, sob o título de rainhas, a posse de alguns castelos no centro do país - Montemor-o-Velho, Seia e Alenquer -, com as respectivas vilas, termos, alcaidarias e rendimentos), numa tentativa de centralizar o poder régio, o que foi resolvido apenas com o confisco dos bens e exílio para Castela ou recolhimento a mosteiros das infantas.
O reinado de Afonso II caracterizou um novo estilo de governação, contrário à tendência belicista dos seus antecessores. Afonso II não contestou as suas fronteiras com Galiza e Castela, nem procurou a expansão para Sul (não obstante no seu reinado ter sido tomada aos Mouros a cidade de Alcácer do Sal, em 1217, mas por iniciativa de um grupo de nobres liderados pelo bispo de Lisboa), preferindo sim consolidar a estrutura económica e social do país. O primeiro conjunto de leis portuguesas é de sua autoria e visam principalmente temas como a propriedade privada, direito civil e cunhagem de moeda. Foram ainda enviadas embaixadas a diversos países europeus, com o objectivo de estabelecer tratados comerciais. Apesar de, como já dissemos, não ter tido preocupações militares, enviou tropas portuguesas que, ao lado de castelhanas, aragonesas e francesas, combateram bravamente na célebre batalha de Navas de Tolosa na defesa da Península Ibérica contra os muçulmanos.
Outras reformas de Afonso II tocaram na relação da coroa Portuguesa com o Papa. Com vista à obtenção do reconhecimento da independência de Portugal, Afonso Henriques, seu avô, foi obrigado a legislar vários privilégios para a Igreja. Anos depois, estas medidas começaram a ser um peso para Portugal, que via a Igreja desenvolver-se como um estado dentro do estado. Com a existência de Portugal firmemente estabelecida, Afonso II procurou minar o poder clerical dentro do país e aplicar parte das receitas das igrejas em propósitos de utilidade nacional. Esta atitude deu origem a um conflito diplomático entre o Papado e Portugal. Depois de ter sido excomungado pelo Papa Honório III, Afonso II prometeu rectificar os seus erros contra a Igreja, mas morreu em 1223 excomungado, sem fazer nenhum esforço sério para mudar a sua política.
Só após a resolução do conflito com a Igreja, logo nos primeiros meses de reinado do seu sucessor Sancho II, pôde finalmente Afonso II descansar em paz no Mosteiro de Alcobaça (foi o primeiro monarca a fazer da abadia cisterciense o panteão real).

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Breve Biografia de D.Afonso III

Breve Biografia de D. Dinis

D. Sebastião - O Desejado

Tinha D. Sebastião três anos de idade quando morreu o seu avô. Filho do príncipe D. João, que contraiu matrimónio com D. Joana, filha do Imperador Carlos V e de D. Isabel de Portugal, não chegou a conhecer o pai, que morreu a dois de Janeiro de 1554, dezoito dias antes do seu nascimento, que ocorreu no dia em que a igreja celebra o martírio de D. Sebastião. Dos vários filhos do rei Piedoso, nenhum lhe sobreviveu, herdando a coroa um neto cujo nascimento fora ansiosamente esperado por toda a nação e que, por isso, ficou conhecido por Desejado.

Sendo, pois, ainda menor à morte de D. João III, ficou D. Catarina como regente. Mas não até à maioridade de D. Sebastião, já que em 1562 renunciou, em Cortes reunidas em Lisboa, à regência que cinco anos antes assumira, sendo substituída pelo cardeal D. Henrique, que dela toma conta até 1568.
É o início da regência de D. Catarina, a 2 de Janeiro de 1559, que o vice-rei da Índia, D. Constantino de Bragança, conquista a cidade de Damão, que ha-de permanecer durante quatro séculos na posse dos portugueses. Mas se no Oriente continuava Portugal a manter as rotas marítimas, assegurando o seu domínio com uma ou outra eventual conquista, o mesmo não se passava agora no Atlântico, onde, sobretudo a partir de 1560, aumentava a actividae de corsários ingleses e franceses, assaltando navios e flagelando a costa.

D. Manuel - O Venturoso

D. Manuel Manuel I, 14.º rei de Portugal (Alcochete, 31 de Maio de 1469Lisboa, 13 de Dezembro de 1521).Filho do infante D. Fernando de Portugal, duque de Viseu, e de Beatriz, na época chamada D. Brites, princesa de Portugal.
Cognominado de O Venturoso, O Bem-Aventurado ou O Afortunado, pelos eventos felizes que ocorreram no seu reinado, designadamente a descoberta do caminho marítimo para a Índia e a do Brasil. Foi o primeiro rei a assumir o título de Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor do Comércio, da Conquista e da Navegação da Arábia.
Manuel sucedeu ao primo direito João II de Portugal em 1495 de quem se tornara uma espécie de «filho adoptivo»[1] e ascendeu ao trono em circunstâncias excepcionais.Durante a infância e a juventude, assistiu à guerra de intriga e conspiração entre a aristocracia e D. João II, muito cioso do seu poder. Alguns homens do seu círculo próximo foram mortos ou exilados, incluindo o seu irmão mais velho Diogo, Duque de Viseu, assassinado pelo próprio rei.
Portanto, quando em 1493 recebeu uma ordem real de comparência no paço, Manuel deveria estar preocupado. Mas o propósito de João II era nomeá-lo herdeiro da coroa, depois da morte do seu filho Afonso de Portugal e das tentativas frustradas de legitimar o bastardo Jorge de Lencastre.Aclamado em 27 de Outubro de 1495, Manuel provou ser um sucessor à altura, apoiando os descobrimentos portugueses e o desenvolvimento dos monopólios comerciais.
Durante seu reinado, Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia (1498), Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil (1500), D. Francisco de Almeida tornou-se no primeiro vice-rei da Índia (1505) e o almirante D. Afonso de Albuquerque assegurou o controlo das rotas comerciais do Oceano Índico e Golfo Pérsico e conquistou para Portugal lugares importantes como Malaca, Goa e Ormuz.
Ordem:
14.º Monarca de Portugal
Cognome(s):
O Venturoso
Início do Reinado:
25 de Outubro de 1495
Término do Reinado:
13 de Dezembro de 1521
Aclamação:
Alcácer do Sal,27 de Outubro de 1495
Predecessor:
D. João II
Sucessor:
D. João III
Pai:
D. Fernando, Duque de Viseu
Mãe:
D. Beatriz, Infanta de Portugal
Data de Nascimento:
31 de Maio de 1469
Local de Nascimento:
Alcochete
Data de Falecimento:
13 de Dezembro de 1521
Local de Falecimento:
Lisboa
Local de Enterro:
Mosteiro de Santa Maria de Belém, Lisboa
Consorte(s):
D. Isabel de AragãoD. Maria de AragãoD. Leonor de Áustria
(Infantas de
Espanha)
Príncipe Herdeiro:
D. João III (filho)
Dinastia:
Avis-Beja

O Massacre de Lisboa de 1506 foi talvez uma das consequências da política de D. Manuel. Seguíram-se as conversões forçadas dos judeus e, depois, confiou ao seu embaixador em Roma a missão secreta de pedir ao papa, em 1515, a permissão de estabelecer a Inquisição em Portugal.
Na cultura, Manuel I procedeu à reforma dos Estudos Gerais, criando novos planos educativos e bolsas de estudo. Na sua corte surge também Gil Vicente, o pai do teatro português, e Duarte Pacheco Pereira, o geógrafo, autor do Esmeraldo de Situ Orbis.
Analisando-se a sua obra, verifica-se que avulta a tentativa de reforma do reino, «através da criação de instrumentos unificadores de carácter estatal, como sejam a publicação dos Forais Novos, reformando os antigos, a Leitura Nova (1504-1522), a compilação e revisão da legislação, consagrada pelas Ordenações Manuelinas, a reorganização da Fazenda Pública e a estruturação administrativa daí decorrente. Com ele organiza-se o Estado moderno»[2].Manuel morreu em 1521 e encontra-se sepultado no Mosteiro dos Jerónimos.