quinta-feira, 19 de março de 2009

D.Afonso II - O Gordo

Aqui vamos contar história.História do Homem, da Terra, da Europa, de Portugal.História real e Estórias lendárias...Pedaços da vida que conhecemos e que me vêm parar às mãos.Vou tentar transmitir a História duma maneira mais leve, por isso perdoem-me os historiadores se às vezes brincar com coisas sérias.Gostava de possuir todo o conhecimento da História, para perceber melhor sobre tudo...Wish me luck...cá vai..
Afonso II - O Gordo
O Gordo, gordalhufo...
Como podem reparar pelas imagens os reis de Portugal até este ponto têm vindo a tornar-se mais cheínhos.Nasceu no ano em que seu avô morreu, 1185. Começou a ser Rei em 1211, com 26 anos. Começou bem, pode-se dizer, andando uns tempos à “chapada” com as irmãs mais velhas, Mafalda, Teresa e Sancha. Parece que já era hábito de família andarem todos às turras. Isto aconteceu porque o papá tinha dito às manas que teriam o título de rainhas e até lhes tinha concedido uns castelos no reino, mas o mano Afonso não achava piada nenhuma àquilo de ter as manas a atrapalhar por isso mandou-as ou para fora do território ou para um mosteiro onde podiam descansar a pele e tomar uns banhos num spa.Em 1208, casou-se com D.Urraca de Castela, filha dos reis de Castela e neta do Rei de Inglaterra Henrique II. Como podem ver pela imagem, não veio muito contente morar para Portugal, provavelmente por inveja das irmãs e irmão todos Rainhas e Rei de territórios muito maiores. Teve cinco filhos, entre os quais 2 futuros Reis. D. Afonso, para além destes cinco, que se saiba teve mais dois bastardos, bem mais calminhos que os antecessores!!Ao contrário do pai e do avô, não lhe apeteceu nada andar à chapada com os vizinhos, acabando por perder a dada altura Alcácer do Sal para os Mouros, mas depois pediu ajuda a uns cruzados para a reconquistar e a zona passou a ser quartel general da Ordem de Santiago.Em vez da conquista, preferiu dedicar-se à organização económica e social do reino. As primeiras leis do país foram feitas por ele, relativas à propriedade privada, ao direito civil e à cunhagem de moeda. Também mandou embaixadas a outros países da Europa para estabelecer tratos comerciais.Tentou fazer uma reforma da igreja dentro de Portugal, procurando desviar alguns fundos da dita para os cofres nacionais. Esta atitude deu origem a um conflito diplomático entre o Papado e Portugal, e assim foi excomungado pelo Papa Honório III. Apesar dos esforços para remediar a situação, acabou por morrer excomungado em 1223. Foi substituído pelo filho D. Sancho II (como o avô) mais uma prova de originalidade na familia!
D. Afonso II (cognominado O Gordo, O Crasso ou O Gafo, em virtude da doença que o teria afectado) terceiro rei de Portugal, nasceu em Coimbra a 12 de Abril 1185 e morreu na mesma cidade a 25 de Março 1223. Contudo foi sepultado no Mosteiro de Alcobaça. Afonso II era filho do rei Sancho I de Portugal e da sua mulher, Dulce de Berenguer, mais conhecida como Dulce de Barcelona, infanta de Aragão. Afonso sucedeu ao seu pai em 1211.
Os primeiros anos do seu reinado foram marcados por violentos conflitos internos entre Afonso II e as suas irmãs Mafalda, Teresa e Sancha (a quem seu pai legara em testamento, sob o título de rainhas, a posse de alguns castelos no centro do país - Montemor-o-Velho, Seia e Alenquer -, com as respectivas vilas, termos, alcaidarias e rendimentos), numa tentativa de centralizar o poder régio, o que foi resolvido apenas com o confisco dos bens e exílio para Castela ou recolhimento a mosteiros das infantas.
O reinado de Afonso II caracterizou um novo estilo de governação, contrário à tendência belicista dos seus antecessores. Afonso II não contestou as suas fronteiras com Galiza e Castela, nem procurou a expansão para Sul (não obstante no seu reinado ter sido tomada aos Mouros a cidade de Alcácer do Sal, em 1217, mas por iniciativa de um grupo de nobres liderados pelo bispo de Lisboa), preferindo sim consolidar a estrutura económica e social do país. O primeiro conjunto de leis portuguesas é de sua autoria e visam principalmente temas como a propriedade privada, direito civil e cunhagem de moeda. Foram ainda enviadas embaixadas a diversos países europeus, com o objectivo de estabelecer tratados comerciais. Apesar de, como já dissemos, não ter tido preocupações militares, enviou tropas portuguesas que, ao lado de castelhanas, aragonesas e francesas, combateram bravamente na célebre batalha de Navas de Tolosa na defesa da Península Ibérica contra os muçulmanos.
Outras reformas de Afonso II tocaram na relação da coroa Portuguesa com o Papa. Com vista à obtenção do reconhecimento da independência de Portugal, Afonso Henriques, seu avô, foi obrigado a legislar vários privilégios para a Igreja. Anos depois, estas medidas começaram a ser um peso para Portugal, que via a Igreja desenvolver-se como um estado dentro do estado. Com a existência de Portugal firmemente estabelecida, Afonso II procurou minar o poder clerical dentro do país e aplicar parte das receitas das igrejas em propósitos de utilidade nacional. Esta atitude deu origem a um conflito diplomático entre o Papado e Portugal. Depois de ter sido excomungado pelo Papa Honório III, Afonso II prometeu rectificar os seus erros contra a Igreja, mas morreu em 1223 excomungado, sem fazer nenhum esforço sério para mudar a sua política.
Só após a resolução do conflito com a Igreja, logo nos primeiros meses de reinado do seu sucessor Sancho II, pôde finalmente Afonso II descansar em paz no Mosteiro de Alcobaça (foi o primeiro monarca a fazer da abadia cisterciense o panteão real).
Descendência
Por sua mulher, Urraca de Castela (1186-1220)
Sancho II de Portugal (1207-1248)
Afonso III de Portugal (1210-1279)
Leonor, infanta de Portugal (1211-1231), casou com o rei Valdemar III da Dinamarca
Fernando de Portugal, Senhor de Serpa (1217-1246), senhor de Serpa
Vicente de Portugal (1219)
Filhos naturais:
João Afonso (m. 1234)
Pedro Afonso (n. 1210)

Sem comentários: