Tinha D. Sebastião três anos de idade quando morreu o seu avô. Filho do príncipe D. João, que contraiu matrimónio com D. Joana, filha do Imperador Carlos V e de D. Isabel de Portugal, não chegou a conhecer o pai, que morreu a dois de Janeiro de 1554, dezoito dias antes do seu nascimento, que ocorreu no dia em que a igreja celebra o martírio de D. Sebastião. Dos vários filhos do rei Piedoso, nenhum lhe sobreviveu, herdando a coroa um neto cujo nascimento fora ansiosamente esperado por toda a nação e que, por isso, ficou conhecido por Desejado.
Sendo, pois, ainda menor à morte de D. João III, ficou D. Catarina como regente. Mas não até à maioridade de D. Sebastião, já que em 1562 renunciou, em Cortes reunidas em Lisboa, à regência que cinco anos antes assumira, sendo substituída pelo cardeal D. Henrique, que dela toma conta até 1568.
É o início da regência de D. Catarina, a 2 de Janeiro de 1559, que o vice-rei da Índia, D. Constantino de Bragança, conquista a cidade de Damão, que ha-de permanecer durante quatro séculos na posse dos portugueses. Mas se no Oriente continuava Portugal a manter as rotas marítimas, assegurando o seu domínio com uma ou outra eventual conquista, o mesmo não se passava agora no Atlântico, onde, sobretudo a partir de 1560, aumentava a actividae de corsários ingleses e franceses, assaltando navios e flagelando a costa.
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