domingo, 17 de outubro de 2010

Discurso de José Relvas

"O Governo Provisório da República Portuguesa saúda as forças de terra e mar, que com o povo instituiu a República para felicidade da Pátria. Confio no patriotismo de todos. E porque a República para todos é feita, espero que os oficiais do Exército e da armada que não tomaram parte no movimento se apresentem no Quartel General, a garantir por sua honra a mais absoluta lealdade ao novo regime." (Edital da Proclamação da República (Teófilo Braga), Lisboa, 5 de Outubro de 1910)

Discurso imaginário da Implantação da República em Tondela






Povo de Tondela! Eu sou a República e encarno uma nova esperança...

"A recepção entusiástica que acabais de prestar-me é a prova do profundo republicanismo que anima os vossos corações.
Tal como todos os Portugueses, também vós haveis lutado, decerto com sacrifícios sem conto, para que o ideal republicano saísse vitorioso do confronto com a praga monárquica.
Hoje estamos aqui a celebrar em conjunto esta nova aurora, que nos vem trazer um futuro de felicidade, bem -estar e progresso.

Estes campos à nossa volta têm de voltar a ser cenário de um trabalho fecundo, que não deixa tempo para agitações perniciosas.
- É preciso pôr termo às manifestações de rua!
- Tranquilidade pública, paz nos lares, e trabalho árduo, são os grandes lemas da república que acaba de ser implantada(...) e que contribuirá para a grande obra de reconstrução nacional.
- Viva Portugal ! Viva a República !"

(Texto escrito com base no livro de Mário Ventura, O segredo de Miguel Zuzarte -Editorial Notícias)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Características do Estilo Românico


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Sé Velha de Coimbra

Bernardo Nº5

Carolina Nº8

Rodrigo Nº18

Rui Nº19


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Sé de Braga

A Sé de Braga, localiza-se na freguesia da , na cidade de Braga, em Portugal. Sede do Bispado fundado por São Tiago Maior (segundo a tradição), que aqui deixou como primeiro bispo o seu discípulo São Pedro de Rates. Assenta sobre as bases de um antigo mercado ou templo romano dedicado a Ísis (como atesta uma pedra votiva na parede leste), e muros de uma posterior Basílica Paleo-Cristã (com cinco naves), das quais só restam três, após a Reconquista.

Considerada como um centro de irradiação episcopal e um dos mais importantes templos do românico português, a sua história melhor documentada, remonta à obra do primeiro bispo, D. Pedro de Braga, correspondendo à restauração da episcopal em 1070, de que se conservam poucos vestígios.

Nesta catedral encontram-se os túmulos de Henrique de Borgonha e sua mulher, Teresa de Leão, os condes do Condado Portucalense, pais do rei D. Afonso Henriques.

Nas dependências da antiga casa do Cabido, mandada, construir no início do século XVIII, pelo Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles encontra-se o Tesouro Museu da Sé Catedral.


História


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Restos (ruínas) do Pelourinho de Braga.

Em 1128 foi iniciado um edifício de cinco capelas na cabeceira, por iniciativa de D. Paio Mendes, parcialmente destruído pelo terramoto de 1135. Respeitando os cânones arquitectónicos dos Beneditinos clunicenses, os trabalhos foram dirigidos por Nuno Paio.

Mais antigos serão os absidíolos, hoje no exterior norte, e talvez alguns elementos do transepto. Em 1268 as obras ainda não estavam concluídas. O edifício continuou a ser modificado com algumas intervenções artísticas, sendo particularmente significativa a galilé, mandada construir, na fachada, por D. Jorge da Costa nos primeiros anos do século XVI e que viria a ser concluída por D. Diogo de Sousa. Este último mandou fazer as grades que agora a fecham, tendo ainda alterado o pórtico principal, (destruindo duas das suas arquivoltas) e mandado executar a abside e a capela-mor, obra de João de Castilho datada do início do século XVI.

Em 1688 destacam-se as obras do arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles, que modificou toda a frontaria ao gosto barroco, mandando executar também o zimbório que ilumina o cruzeiro

Características


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Fachada da Sé de Braga vista de perto.

Templo Principal

O templo românico definitivo tinha uma fachada habitual neste estilo, ladeada por duas torres sineiras onde se abre o portal (arquitectura) principal. O interior é de três naves, com seis tramos e com cobertura de madeira, transepto desenvolvido e uma cabeceira com a abside rodeada por dois absidíolos.

Os elementos essenciais desta traça ainda hoje se conservam com excepção da cabeceira. O essencial da escultura românica da Sé sobreviveu até hoje, estando concentrada nos portais (principal e lateral sul, a chamada Porta do Sol) e nos capitéis do corpo do templo.

A igreja possui dois órgãos de tubos: o órgão do Evangelho, de 1737 e o órgão da Epístola, de 1739, obras de Simãos Fontanes e decorados em talha da autoria de Marceliano de Araújo.

É também notável o túmulo do Infante D.Afonso (filho do Rei D. João I), de estilo e proveniência Flamenga; e a Pia Baptismal gótico-manuelina.


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Capela de São Geraldo

A primitiva capela, da qual apenas resta a estrutura das paredes, foi mandada construir pelo arcebispo Geraldo de Moissac, em honra de são Nicolau.

Em 1418-1467 o arcebispo D. Fernando da Guerra, depois de Geraldo ser considerado santo, dedicou a Capela a este arcebispo de Braga, e o santo sepultado no retábulo principal.

A capela está decorada em talha barroca. Os azulejos são atribuídos ao pintor António de Oliveira Bernardes.

No chão está a sepultura de D. Rodrigo de Moura Teles arcebispo de Braga.

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Capela de Nossa Senhora da Glória

Mandada construir pelo arcebispo D. Gonçalo Pereira para seu monumento funerário.

Em 17 de Novembro de 1331, o Papa João XXII, concede a D. Gonçalo Pereira, através da bula Marita tuae devotionis, autorização para gastar 6 000 florins de ouro, das rendas da mesa arquipiscopal, na dotação da capela que pensa construir.

O arcebispo está sepultado num túmulo gótico, semelhante ao túmulo da Rainha Santa Isabel, em Coimbra. Foi obra de dois escultores: Mestre Pero e Telo Garcia


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Claustro

O actual claustro foi construído no século XIX substituindo outro anterior, gótico, e que já no século XVIII ameaçava ruína.Aí se encontra também a sepultura da Irmã Maria Estrela Divina,(religiosa Terciária Estigmatizada),que faleceu em odor de santidade. Existe outro claustro anexo mais antigo,chamado dos Reis,porque aqui se sepultaram os Reis Suevos,segundo antiquíssima tradição.

Características do estilo Românico:

O estilo Românico surgiu na Europa, mais propriamente, no Norte de Itália, entre os séculos XI e XIII e apresentava as seguintes características:

- Utilização de abóbadas;

- Paredes espessas e poucas janelas;

- Consolidação das paredes por contrafortes para dar sustentação ao prédio;

- Arcos de arquivolta;

- Utilização de esculturas, vitrais e pinturas como forma de transmitir os princípios da religião católica, num mundo onde a falta de instrução era muito elevada.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Entrevista virtual a Zeca Afonso

Mosteiro de Alcobaça

Sé de Viseu Românico


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Sé de Viseu

Sobre um Português retornado da colónia de Angola.

1-Como se chama?
João Augusto Ramos.

2-Quantos anos tem?
Tenho 75 anos.

3-Qual a sua morada?
Lugar da Vela, 3460 Molelos, Tondela.

4- Em que colónia residia quando se deu a descolonização?
Angola, Vila Maçano de Amorim (antigo Soque).

5-Como viveu esse momento difícil da sua vida?
Pessimamente, sem nada só quase com a roupa do corpo.

6-Que recordações tem desse período da história de Portugal?
Recordações tristes e más, porque viu muitas mortes.

7-Qual era a sua ocupação nas colónias portuguesas?
Tinha 3 restaurantes para cuidar e uma fazenda de16mil metros.

8- Como era a sua vida em África?
Era boa e não tinha problemas.

9-Tem saudades desse tempo? Porquê?
Sim, porque a vida que tinha era de rico.

10-Como enfrentou a mudança ao regressar a Portugal?
Com muita dificuldade e tristeza.

Entrevista a um Ex-Combatente do Ultramar

Nome: anónimo

1-Tinha alguma alcunha.( se tinha qual era)?
Não tinha.

2-Que idade tem?
69 anos.

3-Participou na guerra colonial?
Sim participei.

4-Em que ex-colónia?
Moçambique.

5-Como decorreu a viagem?
Correu bem e foi de barco.

6-Que recordações tem da guerra colonial?
Recordações horríveis.

7-Qual a recordação mais difícil dessa guerra?
Foi ver as pessoas a morrer.

8-Quantos camaradas de armas perdeu na guerra?
Não sei bem, mas alguns.

9-O que foi para si a guerra colonial?
Foram momentos horríveis e cheios de pavor.

10-Teve algum ferimento grave?
Ferimentos graves não.

11-Qual foi o seu sentimento quando a guerra acabou?
Senti-me feliz por saber que ia regressar a casa.

12-Teve algum irmão que também tenha participado na guerra?
Não.

13-Qual foi o seu maior medo quando partiu para a guerra?
Foi o medo de nunca mais voltar.

14-A que tipo de treino foi sujeito para participar na guerra?
Manobras da tapada de Mafra.

15-Qual o pior exercício?
Quase todos são maus.

16-Em que arma serviu em portugal?
No exército e também no pára-quedismo.



Ana Luísa Ana Porfírio Andreia

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Entrevista com Portugueses retornados das Colónias

1-Como se chama?
Elísio da Conceição Pais.

2-Quantos anos tem?
71.

3-Qual a sua morada?
Rua S. Cornélio Nº56 Valverde.

4- Em que colónia residia quando se deu a descolonização?
Moçambique.

5-Como viveu esse momento difícil da sua vida?
Não tenho palavras descrever (lado negativo)

6-Que recordações tem desse período da história de Portugal?
Más.

7-Qual era a sua ocupação nas colónias portuguesas?
Mecânico.

8- Como era a sua vida em África?
Óptima.

9-Tem saudades desse tempo? Porquê?
MUITAS, porque foi o país onde eu cresci, onde arranjei amigos naturais e de diversas nacionalidades, onde me casei, onde fui pai de 3 filhos.

10-Como enfrentou a mudança ao regressar a Portugal?
Muito mal, ainda hoje não aceito.

Entrevista com Portugueses retornados das Colónias

1-Como se chama?
Maria da Conceição Chora

2-Quantos anos tem?
65.

3-Qual a sua morada?
Avenida da Republica, 661 Parede.

4- Em que colónia residia quando se deu a descolonização?
Moçambique.

5-Como viveu esse momento difícil da sua vida?
Com muita apreensão.

6-Que recordações tem desse período da história de Portugal?
Recordações de liberdade, de esperança, de euforia e apreensão.

7-Qual era a sua ocupação nas colónias portuguesas?
Estava a tirar o curso Magistério Primário e dava explicações em casa.

8- Como era a sua vida em África?
Era uma vida feliz, mas de expectativas constantes.

9-Tem saudades desse tempo? Porquê?
Sim, porque era jovem, tinha 3 filhos pequenos, e porque a minha família vivia perto de mim.

10-Como enfrentou a mudança ao regressar a Portugal?
Fui coabitar com os meus sogros, fui concluir o curso. Encarei com coragem e cheia de vontade de vencer.

Entrevista com Portugueses retornados das Colónias

1-Como se chama?
Manuel Henrique Dionísio Chora.

2-Quantos anos tem?
75.

3-Qual a sua morada?
Avenida da Republica, 661 Parede.

4- Em que colónia residia quando se deu a descolonização?
Moçambique, actual Maputo.

5-Como viveu esse momento difícil da sua vida?
Encarei com normalidade, dado ser Funcionário Publico.

6-Que recordações tem desse período da história de Portugal?
Boas, dado que tive emprego assegurado em Portugal.

7-Qual era a sua ocupação nas colónias portuguesas?
Trabalhava no Hospital Universitário como funcionário administrativo.

8- Como era a sua vida em África?
Boa.

9-Tem saudades desse tempo? Porquê?
Algumas, mas em Portugal a minha vida melhorou.

10-Como enfrentou a mudança ao regressar a Portugal?
Com naturalidade.

Entrevista ao Ex - Combatente no Ultramar

1-Como se chama?
José Maria Lopes da Silva.

2-Tinha alguma alcunha? (Se sim) Qual?
Não.

3-Quantos anos tem?
61

4-Qual é a sua morada?
Rua da Fonte Nº 16 – Valverde – 3460-023 Tondela.

5-Participou na Guerra Colonial?
Sim.

6-Em que ex-colónia?
Guiné-Bissau.

7-Quanto tempo durou a sua participação na guerra colonial?
26 meses.

8 – Como decorreu a viagem?
A viagem decorreu da seguinte forma:
Embarquei a bordo do navio UIGE no dia 29 de Setembro de 1970 com destino ao comando territorial da Guiné (ex-colónia portuguesa), decorreu com normalidade. O navio ancorou ao largo de Bolama onde fui transferido para uma LDG (barco de pequenas dimensões). Este atracou no cais de Bolama, onde tirei o meu IAO (instrução operacional).•

9- Que recordações tem da guerra colonial?
Tenho boas e más recordações.

10-Qual a recordação mais difícil dessa guerra?
Quando estive internado no hospital militar 241 em Bissau.

11-Quantos camaradas de armas perdeu durante a guerra?
Cerca de 10.

12-O que foi para si a guerra colonial?
Uma coisa que ainda hoje não entendi.

13-Teve algum ferimento grave? (se sim) Qual?
Não.

14-Qual o seu sentimento quando a guerra acabou?
Que nunca havia de ter começado.

15-Teve algum irmão? Participou na guerra? (se respondeu afirmativo na anterior).
Sim. Participou este com menos sorte do que eu ficou ferido com estilhaços (pernas e joelho).

16- Qual o seu maior medo quando partiu para a guerra?
De não regressar.

17- A que tipo treino militar foi sujeito para participar na guerra colonial?
Assentei praça no RIV 14 (Regimento de Infantaria de Viseu) no dia 27 de Abril de 1970 onde fiz a recruta, depois do juramento de bandeira fui transferido para G.A.C.A.2 (Grupo de Artilharia Contra Aeronaves) de Torres Novas onde o treino passou a ser mais duro e intenso. Foi lá que tirei a minha especialização em lança granadas foguete. O treino consistia em preparação física, mais especificamente rastejar, saltar para ribeiros, atravessa-los suspensos numa corda (onde um dos meu camaradas caiu e partiu o pescoço).

18- Qual o pior exercício?
Quando a 25 de Dezembro de 1970 todo o pelotão foi de castigo para o mato sem transmissões e enfermagem e sem qualquer oficial.

19-Em que arma serviu Portugal?
G3 e lança granadas.

20- Quantos anos exerceu o cargo de militar?
Desde 27 de Abril de 1970 a 4 de Outubro de 1972.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Entrevista a uma Emigrante Maria Clara de Matos

1-Como se chama ?

Maria Clara de Matos.


2-Quantos anos tem ?

63 Anos.


3-Qual é a sua morada ?

Carvalhal de Tondela Rua do Alcouçe nº35.


4-Em que ano emigrou para a Europa ?

1971.


5-Quais foram as razões que o levaram à emigração ?

Necessidades, para ter uma vida melhor.


6-Em que país esteve emigrado?

Luxemburgo.


7-Que profissão foi desempenhar nesse país de acolhimento ?

Fui empregada doméstica.

8-Quanto tempo durou a sua estadia nesse país?

38 anos.


9-Como decorreu a viagem para esse país de acolhimento ?

Mal, foram 26 horas de Comboio.


10--Que recordações tem desse tempo ?

No principio foi ruim, muito frio, muita neve e muita fome.


11-Qual a recordação mais d
ifícil dessa época ?

Foi ter que emigrar e deixar uma filha com 2 anos e meio em Portugal.

Entrevista a Fernando da Costa Neves

1-Como se chama?

Fernando da Costa Neves.

2-Tinha alguma alcunha? (Se sim) Qual?

Costa.

3-Quantos anos tem?

62 Ano.

4-Qual é a sua morada?

Carvalhal de Tondela Rua do Alcouçe nº35.

5-Participou na Guerra Colonial?

Sim.

6-Em que ex-colónia?

Angola.

7-Quanto tempo durou a sua participação na guerra colonial?

26 Meses

8 – Como decorreu a viagem?

8 Dias de barco que se chamava: «Vera Cruz» e regressei no mesmo barco.

9- Que recordações tem da guerra colonial?

Fome, sede e muitas saudades da família. Especialmente quando embarquei a 4 de Agosto de 1969, deixei uma filha com 8 dias.

10-Qual a recordação mais difícil dessa guerra?

Quando nos deslocávamos para o mato, no norte em Coimbra fomos atacados.

11-Quantos camaradas de armas perdeu durante a guerra?

17 Camaradas.

12-O que foi para si a guerra colonial?

Um dever de qualquer outro português.

13-Sofreu algum ferimento grave? (se sim) Qual?

Não.

14-Qual o seu sentimento quando a guerra acabou?

Fiquei contente de ter acabado, para que ninguém mais sofresse com a guerra.

15-Teve alguma irmão? Participou na guerra? (se respondeu afirmativo na anterior).

Não.

16- Qual o seu maior medo quando partiu para a guerra?

Morrer na guerra e nunca mais ver a família.

17- A que tipo de treino militar foi sujeito para participar na guerra colonial?

Rigoroso.

18- Qual o pior exercício?

Eram as operações nocturnas.

Entrevista sobre o 25 de Abril

Escola Básica nº2 de Tondela
História e Geografia de Portugal
Entrevista sobre o 25 de Abril

1- Qual a importância que o 25 de Abril teve para si?
Teve importância pois, foi a partir daí que as pessoas tiveram mais liberdade e os votos passaram a ser livres.

2- Preferia a ditadura ou os tempos modernos? Porquê?
Preferia a ditadura pois as pessoas tinham mais confiança.

3- A vida tornou-se mais fácil? Como?Justificar completamenteA vida tornou-se mais fácil pois havia mais postos de trabalho.

4- No dia seguinte, notaram-se muitas diferenças no comportamento das pessoas? Quais?
Notou-se diferenças no comportamento das pessoas, pois não se pagava portagem nas auto – estradas, passou a haver coisas que se deixaram de pagar…

5- Ouviu a música chave do 25 de Abril na rádio?
Sim.

6- Achou bem o que fizeram no 25 de Abril?
Sim, acho que o que fizeram estava bem.

7- Como era a vida antes do 25 de Abril?
A vida era difícil e complicada.

8- Como passou a ser depois do 25 de Abril?
Passou a ter-se melhores salários, a vida ficou mais barata, havia muitos empregos, por isso ficou mais fácil.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Entrevistas

Entrevista a um combatente da guerra colonial e a um retornado das colónias


O senhor, aqui entrevistado, esteve na guerra colonial e teve a sua própria vida em África. Este senhor é António Rodrigues. Tem 73 anos e mora em Cascais, rua António José de Almeida.
Participou na guerra colonial em Moçambique, nos primeiros tempos, ainda não havia situações de muito combate.
A participação dele na guerra foi de 12 meses e a sua viagem foi de barco.
António diz que desse tempo guarda, no geral, boas recordações; as situações difíceis foram poucas e só houve duas baixas por acidentes.
Quando deixou a tropa ficou em Moçambique como funcionário público e depois foi para a África do Sul como empresário.
Ele diz que a vida corria mais ou menos bem, porque tinha carro mas que às vezes as minas (bombas) complicavam a vida, mas que felizmente nessa altura já não estava na tropa.
Voltou passados 13 anos. Apesar de viver bem, teve de vir embora, porque, quando se deu a descolonização, perdeu tudo o que tinha.
Diz que tem saudades desse tempo, porque como foi para lá com 19 anos, já tinha feito muitos amigos.


1-Como se chama?
António Rodrigues.

2-Quantos anos tem?
Tenho 73 anos.

3-Qual é a sua morada?
Vivo em Cascais, rua António José de Almeida.

4-Participou na Guerra Colonial?
Sim.

5-Em que ex-colónia?
Em Moçambique.

6-Quanto tempo durou a sua participação na Guerra Colonial?
A minha participação durou 12 meses.

7-Como decorreu a viagem?
A viagem decorreu de barco.

8-Que recordações tem desse tempo?
Todas as recordações que tenho são boas pois fui para a guerra nos primeiros tempos.
9-Qual a recordação mais difícil dessa guerra?
Não tive más recordações.

10-Quantos camaradas de armas perdeu durante a guerra?
Perdi 2 mas foi por acidente.

11-Em que colónia vivia quando se deu a descolonização?
Vivia em Moçambique.

12-Como viveu esse momento difícil da sua vida?
Nesse momento perdi tudo o que tinha em África.

13-Que recordações tem desse período da História de Portugal?
Nesse período, vivi bem, mas havia dificuldades por causa das minas, embora nessa altura eu já não estivesse na tropa.

14-Qual era a sua ocupação nas colónias portuguesas?
A ocupação nas colónias que eu tinha era funcionário público, em Moçambique, e na África do Sul era empresário.

15-Como era a sua vida em África?
Tinha uma vida bastante boa, até tinha carro.

16-Tem saudades desse tempo?
Tenho saudades, porque foi lá que eu fiz vários amigos pois fui para lá com 19 anos.
17-Como enfrentou a mudança ao regressar a Portugal?
Como passaram 13 anos foi difícil.

Entrevista a um combatente da Guerra Colonial

1-Como se chama?
António José Nunes da Silva.

2-Quantos anos tem?
64 Anos.

3-Qual é a sua morada?
Avenida alto do Concelho nº74 Molelos.

4-Participou na Guerra Colonial?
Sim.

5-Em que ex-colónia?
Angola.

6-Quanto tempo durou a sua participação na guerra colonial?
2 Anos e 1 mês.

7- Como decorreu a viagem?
A viagem correu bem no paquete Verra Cruz e quando lá chegámos aportamos em Luanda.

8-Que recordações tem desse tempo?
Recordações de guerra e também de convívio com os outros militares do meu pelotão.

9-Qual a recordação mais difícil dessa guerra?
Foi fazer a ronda durante a noite sozinho, todos os dias, no meio da mata para guardar a povoação.

10-Quantos camaradas de armas perdeu durante a guerra?
Nenhum, pelo menos no meu pelotão não perdi nenhum.

11-Os seus inimigos eram daqueles que não gostavam de poupar vidas?
Quando eles podiam matar matavam, mas nós tentávamos defender-nos.

12-Como se sentia quando ia lutar?
Com medo e com muito nervosismo ao avançar no terreno.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mosteiro dos Jerónimos

Trabalho de História Mosteiro

Mosteiro

Da

Batalha

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Bruna Santos, Nº 6, 5ºB

Gonçalo Correia, 14,5ºB

Ricardo Teixeira, Nº 16, 5ºB

Tiago Pereira, 20, 5ºB

História do Monumento

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido por Mosteiro da Batalha situa-se na Batalha e foi mandado construir por D. João I como agradecimento à Virgem Maria pela vitória na Batalha de Aljubarrota.

Quando o rei de Castela recebeu a notícia da aclamação de D. João, Mestre de Avis, como rei de Portugal, invadiu novamente o nosso País.

No dia 14 de Agosto de 1385, na Batalha de Aljubarrota, as tropas portuguesas derrotaram as tropas castelhanas, apesar de estas serem em maior número. O exército português foi comandado por D. Nuno Álvares Pereira e pelo rei.

Assim para comemorar esta vitória e perto do local onde se realizou a batalha o rei mandou edificar este monumento.

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Mosteiro da Batalha

O Mosteiro da Batalha tem paredes altas e finas, um arco em ogiva no portal e muitas e grandes janelas com vitrais. Este novo estilo de arquitectura – o Gótico – surge a partir do século XIII e corresponde a um período de maior estabilidade e segurança.

As características do estilo Gótico são: o verticalismo dos edifícios; as paredes mais leves e finas; os contrafortes em menor número; predominam as janelas; as torres são ornadas por rosáceas; utilização do arco de volta quebrada; a consolidação dos arcos é feita por abóbadas de arcos cruzados ou de ogivas; os telhados das torres são em forma de pirâmide (principalmente nas torres sineiras).

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- Pináculos

- Arco em Ogiva

-Contraforte

- Vitrais

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- Janela com decoração rendilhada

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- Torres com telhados em forma de pirâmide

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O Mosteiro foi restaurado no século XIX por Luís Mouzinho de Albuquerque de acordo com a traça de Thomas Pitt, um viajante inglês que esteve em Portugal no final do século XVIII e que deu a conhecer o Mosteiro através das suas gravuras.

Desta forma o Monumento sofreu transformações, designadamente pela destruição de dois claustros, perto das Capelas Imperfeitas e pela remoção total dos aspectos religiosos, tornando o Mosteiro num símbolo glorioso da Dinastia de Avis.

É já dessa altura a actual configuração da Capela do Fundador e vulgarização do termo Mosteiro da Batalha (para comemorar a vitória da Batalha de Aljubarrota), esquecendo assim as designações que lembrassem o passado religioso do edifício (Mosteiro de Santa Maria da Vitória).

Mosteiro da Batalha

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Mosteiro da Batalha

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória (mais conhecido como Mosteiro da Batalha situa-se na Batalha, Portugal, e foi mandado edificar por D. João I como agradecimento à Virgem Maria pela vitória na Batalha de Aljubarrota. Este mosteiro dominicano foi construído ao longo de dois séculos, desde o início em 1386 até cerca de 1517, ao longo do reinado de sete reis de Portugal, embora desde 1388 já ali vivessem os primeiros dominicanos. Exemplo da arquitectura gótica tardia portuguesa, ou estilo manuelino, é considerado património mundial pela UNESCO, e em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal. Em Portugal, o IPPAR ainda classifica-o como Monumento Nacional, desde 1910.No arranque das obras do Mosteiro da Batalha foi construído um pequeno templo, cujos vestígios eram ainda visíveis no princípio do século XIX. Era nesta edificação ― Santa Maria-a-Velha, também conhecida por Igreja Velha ― que se celebrava missa, dando apoio aos operários do estaleiro. Tratava-se de uma obra pobre, feita com escassos recursos. Em traços esquemáticos conhece-se a evolução do estaleiro propriamente dito e o grau de avanço das obras. Sabe-se que ao projecto inicial corresponde a igreja, o claustro e as dependências monásticas inerentes, como a Sala do Capítulo, sacristia, refeitório e anexos. É um modelo que se assemelha ao adoptado, em termos de orgânica interna, pelo grande alcobacense. A capela do Fundador, capela funerária, foi acrescentada a este projecto inicial pelo próprio rei D. João I, o mesmo acontecendo com a rotunda funerária conhecida por Capelas Imperfeitas, da iniciativa do rei Duarte.

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O Claustro menor e dependências adjacentes, ficaria a dever-se à iniciativa de D. Afonso V, sendo de notar o desinteresse de D. João II pela edificação. Voltaria a receber os favores reais com D. Manuel, mas somente até 1516-1517, ou seja, ate à sua decisão em favorecer decididamente a fábrica do Jerónimos. O Mosteiro foi restaurado no Século XIX, sob a direcção de Luís Mouzinho de Albuquerque, de acordo com a traça de Thomas Pitt, viajante inglês que estivera em Portugal nos fins do Século XVIII, e que dera a conhecer por toda a Europa o mosteiro através das suas gravuras. Neste restauro, o Mosteiro sofreu transformações mais ou menos profundas, designadamente pela destruição de dois claustros, junto das Capelas Imperfeitas e, num quadro de extinção das ordens religiosas em Portugal, pela remoção total dos símbolos religiosos, procurando tornar o Mosteiro num símbolo glorioso da Dinastia de Avis e, sobretudo, da sua primeira geração (a dita Ínclita Geração de Camões). Data dessa altura a actual configuração da Capela do Fundador e a vulgarização do termo Mosteiro da Batalha (celebrando Aljubarrota) em detrimento de Santa Maria da Vitória, numa tentativa de erradicar definitivamente as designações que lembrassem o passado religioso do edifício.

Trabalho realizado por:

Diogo Fernandes nº9;

João Chaves nº16;

Alexandre Leão nº2;

Diogo Paula nº11;

Disciplina de:

História e Geografia de Portugal

Prof. Carlos Cruchinho