terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Breve Biografia de D.Afonso III

Breve Biografia de D. Dinis

D. Sebastião - O Desejado

Tinha D. Sebastião três anos de idade quando morreu o seu avô. Filho do príncipe D. João, que contraiu matrimónio com D. Joana, filha do Imperador Carlos V e de D. Isabel de Portugal, não chegou a conhecer o pai, que morreu a dois de Janeiro de 1554, dezoito dias antes do seu nascimento, que ocorreu no dia em que a igreja celebra o martírio de D. Sebastião. Dos vários filhos do rei Piedoso, nenhum lhe sobreviveu, herdando a coroa um neto cujo nascimento fora ansiosamente esperado por toda a nação e que, por isso, ficou conhecido por Desejado.

Sendo, pois, ainda menor à morte de D. João III, ficou D. Catarina como regente. Mas não até à maioridade de D. Sebastião, já que em 1562 renunciou, em Cortes reunidas em Lisboa, à regência que cinco anos antes assumira, sendo substituída pelo cardeal D. Henrique, que dela toma conta até 1568.
É o início da regência de D. Catarina, a 2 de Janeiro de 1559, que o vice-rei da Índia, D. Constantino de Bragança, conquista a cidade de Damão, que ha-de permanecer durante quatro séculos na posse dos portugueses. Mas se no Oriente continuava Portugal a manter as rotas marítimas, assegurando o seu domínio com uma ou outra eventual conquista, o mesmo não se passava agora no Atlântico, onde, sobretudo a partir de 1560, aumentava a actividae de corsários ingleses e franceses, assaltando navios e flagelando a costa.

D. Manuel - O Venturoso

D. Manuel Manuel I, 14.º rei de Portugal (Alcochete, 31 de Maio de 1469Lisboa, 13 de Dezembro de 1521).Filho do infante D. Fernando de Portugal, duque de Viseu, e de Beatriz, na época chamada D. Brites, princesa de Portugal.
Cognominado de O Venturoso, O Bem-Aventurado ou O Afortunado, pelos eventos felizes que ocorreram no seu reinado, designadamente a descoberta do caminho marítimo para a Índia e a do Brasil. Foi o primeiro rei a assumir o título de Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor do Comércio, da Conquista e da Navegação da Arábia.
Manuel sucedeu ao primo direito João II de Portugal em 1495 de quem se tornara uma espécie de «filho adoptivo»[1] e ascendeu ao trono em circunstâncias excepcionais.Durante a infância e a juventude, assistiu à guerra de intriga e conspiração entre a aristocracia e D. João II, muito cioso do seu poder. Alguns homens do seu círculo próximo foram mortos ou exilados, incluindo o seu irmão mais velho Diogo, Duque de Viseu, assassinado pelo próprio rei.
Portanto, quando em 1493 recebeu uma ordem real de comparência no paço, Manuel deveria estar preocupado. Mas o propósito de João II era nomeá-lo herdeiro da coroa, depois da morte do seu filho Afonso de Portugal e das tentativas frustradas de legitimar o bastardo Jorge de Lencastre.Aclamado em 27 de Outubro de 1495, Manuel provou ser um sucessor à altura, apoiando os descobrimentos portugueses e o desenvolvimento dos monopólios comerciais.
Durante seu reinado, Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia (1498), Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil (1500), D. Francisco de Almeida tornou-se no primeiro vice-rei da Índia (1505) e o almirante D. Afonso de Albuquerque assegurou o controlo das rotas comerciais do Oceano Índico e Golfo Pérsico e conquistou para Portugal lugares importantes como Malaca, Goa e Ormuz.
Ordem:
14.º Monarca de Portugal
Cognome(s):
O Venturoso
Início do Reinado:
25 de Outubro de 1495
Término do Reinado:
13 de Dezembro de 1521
Aclamação:
Alcácer do Sal,27 de Outubro de 1495
Predecessor:
D. João II
Sucessor:
D. João III
Pai:
D. Fernando, Duque de Viseu
Mãe:
D. Beatriz, Infanta de Portugal
Data de Nascimento:
31 de Maio de 1469
Local de Nascimento:
Alcochete
Data de Falecimento:
13 de Dezembro de 1521
Local de Falecimento:
Lisboa
Local de Enterro:
Mosteiro de Santa Maria de Belém, Lisboa
Consorte(s):
D. Isabel de AragãoD. Maria de AragãoD. Leonor de Áustria
(Infantas de
Espanha)
Príncipe Herdeiro:
D. João III (filho)
Dinastia:
Avis-Beja

O Massacre de Lisboa de 1506 foi talvez uma das consequências da política de D. Manuel. Seguíram-se as conversões forçadas dos judeus e, depois, confiou ao seu embaixador em Roma a missão secreta de pedir ao papa, em 1515, a permissão de estabelecer a Inquisição em Portugal.
Na cultura, Manuel I procedeu à reforma dos Estudos Gerais, criando novos planos educativos e bolsas de estudo. Na sua corte surge também Gil Vicente, o pai do teatro português, e Duarte Pacheco Pereira, o geógrafo, autor do Esmeraldo de Situ Orbis.
Analisando-se a sua obra, verifica-se que avulta a tentativa de reforma do reino, «através da criação de instrumentos unificadores de carácter estatal, como sejam a publicação dos Forais Novos, reformando os antigos, a Leitura Nova (1504-1522), a compilação e revisão da legislação, consagrada pelas Ordenações Manuelinas, a reorganização da Fazenda Pública e a estruturação administrativa daí decorrente. Com ele organiza-se o Estado moderno»[2].Manuel morreu em 1521 e encontra-se sepultado no Mosteiro dos Jerónimos.

D. Sancho I - O Povoador

Associado ao Governo ainda em vida do seu pai, dirigiu D. Sancho I, em 1178, uma importante expedição militar que levou às portas de Sevilha, a maior cidade dos árabes - não apenas da Andaluzia mas de toda a Península - , cujos arrabaldes destruiu numa manifestação clara de força militar e de determinação política. Regressado a Portugal, teve D. Sancho que enfrentar novos ataques dos mouros, empenhados agora em ferir povoações da linha do Tejo, como Abrantes, Coruche ou mesmo Santarém, e que urgia, por isso, defender. Ao subir ao trono, por morte de D. Afonso Henriques em 1185, cuidou de reforçar da fronteira meridional, fazendo importantes doações às ordens militares. Assim, aos Freires de Santiago concedeu, em 1186, as fortalezas de Almada, Palmela e Alcácer do Sal, e aos Freires de Évora, o Castelo de Alcanede, no ano seguinte. Os Templários que no tempo de D. Afonso I tinham participado activamente nas conquistas de Santarém e de Lisboa, continuavam mais a norte a vigiar o inimigo e a defender as populações.
Mas não era D. Sancho I homem para ficar quieto à espera dos ataques dos Muçulmanos. Queria seguir as pisadas do seu pai e conquistar novas terras, avançando, avançando sempre em direcção ao mar que no Algarve o esperava.
A passagem por Lisboa, em 1186, de cruzados que de novo demandavam à Terra Santa (era já a 3.ª Cruzada), levou o rei a pedir-lhes auxílio para a conquista de terras algarvias. Os mais velhos, por certo, relembraram então a preciosa ajuda que os cruzados tinham dado às hostes portuguesas no reinado anterior. Pois assim foi conquistado o Castelo de Silves, importante centro mercantil e de grande prestígio cultural que, após prolongado cerco, passou, enfim, para a posse dos cristãos. A sua rendição tornou mais fácil a conquista de Albufeira, Lagos, Portimão e Monchique por D. Sancho I, uma vez que os cruzados já tinham entretanto seguido viagem para a Palestina, em busca de novos combates e conquistas.
Não dormiam, porém, os muçulmanos, que, logo em 1190, lançaram contínuos e poderosos ataques. E é assim que no Verão do ano seguinte cai Alcácer do Sal, são destruídos os castelos de Palmela e de Almada e se rende Silves. A partir de agora, a sul do Tejo, só Évora continua, na imensidão do Alentejo, a arvorar orgulhosa, o pendão real. Parecia que a força dos mouros tudo levaria à frente. Mas não. Houve apenas um compasso de espera, pois no século seguinte de novo avançaram as hostes portuguesas e cederam, agora sim definitivamente, as tropas muçulmanas.
Entretanto, tinha já iniciado D Sancho I uma sábia política de organização do reino, quer doando terras quer fixando populações sobretudo em zonas do interior ou próximas da fronteira – através da concessão de cartas de foral, onde estavam os privilégios dos povos que habitavam essas terras.

D. Henrique - " O Casto "

Nasceu em 31 de Janeiro de 1512. Faleceu em 31 de Janeiro de 1580.

Foi o 17.º rei de Portugal.
Nasceu em Lisboa a 31 de Janeiro de 1512, fal. em Almeirim em igual dia do ano de 1580. Era filho de el-rei D. Manuel, e de sua segunda mulher, a rainha D. Maria; irmão de el-rei D. João III.

D. Sebastião não deixara descendentes directos. Por esse motivo subiu ao trono seu tio, que era o seu parente mais próximo, o Cardeal D. Henrique, que contava já 66 anos.
Destinando-se à vida eclesiástica foi nomeado aos 14 anos de idade prior comendatário de Santa Cruz de Coimbra, sendo aos 22 elevado a arcebispo de Braga pelo papa Clemente VII. Finalmente, aos 27 anos, em 1539, foi nomeado inquisidor­-mor de Portugal e seus territórios ultramarinos, mas o pontífice Paulo III não quis reconhecer esta nomeação, o que deu causa a uma luta muito curiosa entre a coroa portuguesa e a corte pontifícia.
De Braga passou a Évora, em 1540, sendo o primeiro arcebispo, que existiu naquele arcebispado, e 6 anos depois, em 1546, Paulo III lhe concedeu o chapéu cardinalício.
Em 1561, Pio V o instituiu legado a latere no reino de Portugal, e por morte do arcebispo de Lisboa, Fernão de Vasconcelos, em 1564 foi transferido para este arcebispado.
Quando em 1557 faleceu D. João III, ficou herdeiro do trono seu neto D. Sebastião, que apenas contava 3 anos de idade. A regência do reino durante a menoridade do novo rei foi confiada à rainha D. Catarina, viúva de D. João III, a quem competia. D. Catarina assumiu a regência, e chamou para seu auxiliar e conselheiro, seu cunhado, o infante cardeal D. Henrique, que também ambicionava o poder, que por este motivo resignou o arcebispado de Évora no bispo do Algarve, e veio para a metropolitana de Lisboa, por bula de Pio IV.
Serviu como regente para o seu sobrinho de segundo grau Sebastião, após 1557 e mais tarde o sucederia como rei, após a desastrosa Batalha de Alcácer-Quibir em 1578, depois de receber a confirmação de sua morte, no Mosteiro de Alcobaça. Henrique renunciou então ao seu posto clerical e procurou imediatamente uma noiva por forma a poder dar continuidade à Dinastia de Avis, mas o
Papa Gregório XIII, que era um familiar dos Haburgos, não o libertou dos seus votos.
Mesmo com o sério problema da sucessão em mãos D. Henrique nunca aceitou a hipótese de nomear seu herdeiro no trono, seu outro sobrinho, o Prior de Crato, pois não reconhecia a legitimidade de D. António, por consequência após a sua morte, de facto D. António subiu ao trono, mas não conseguiu mantê-lo, perdendo-o para seu primo Filipe II de Espanha, na batalha com o duque de Alba.
Foi aclamado rei na igreja do hospital de Todos os Santos
, no Rossio, sem grandes festejos. Caberia-lhe resolver o resgate dos muitos cativos em Marrocos. O reino, então jubilante pela juventude com que D. Sebastião liderava, perde o ânimo com a notícia e exije ao rei a vingança pelo sucedido que, entretanto, adoecia.
O Rei-Cardeal morreu em 1580, durante as cortes de Almeirim, deixando uma Junta de cinco governadores: o arcebispo de Lisboa D.
Jorge de Almeida, D. João Telo, D. Francisco de Sá Meneses, D. Diogo Lopes de Sousa e D. João de Mascarenhas. Em Novembro de 1580, enviou o Duque de Alba para reivindicar o Reino de Portugal pela força. Lisboa caiu rapidamente e Filipe I de Portugal foi eleito Rei de Portugal, com a condição de que o Reino e seus território ultramarinos não se tornassem províncias espanholas.
Foi sepultado primeiramente em Almeirim, tendo depois o seu sobrinho Filipe II de Espanha feito-o sepultar, em 1582, no transepto da Igreja do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, onde descansa junto do sobrinho-neto morto em Alcácer-Quibir, D. Sebastião, cuja sepultura foi também aí colocada por ordem de Filipe.


Quadra popular
Que o cardeal-rei D. Henrique
Fique no Inferno muitos anos
Por ter deixado em testamento
Portugal aos Castelhanos.

Biografia de D. Afonso Henriques

D. Afonso Henriques

QUANDO TUDO ACONTECEU...
1109: Provável ano de nascimento, em Coimbra, do infante Afonso Henriques, filho do conde Henrique de Borgonha e de dona Teresa, bastarda do rei Afonso VI de Castela e Leão. No mesmo ano morre Afonso VI. Início da disputa entre dona Urraca, a herdeira legítima, dona Teresa e vários outros pretendentes ao trono. A luta pelo poder dura anos.
1122: Afonso Henriques antecipa em sete séculos um gesto de Napoleão Bonaparte. Ignorando o cardeal que presidia a cerimónia, arma-se cavaleiro na catedral de Zamora.
1128: Afonso Henriques luta contra a mãe, dona Teresa, e seu aliado, o conde galego Fernão Peres de Trava. As tropas de Afonso Henriques e dona Teresa enfrentaram-se no campo de São Mamede, junto ao castelo de Guimarães. O exército galego é derrotado. Esta vitória leva dona Teresa a desistir da idéia de anexar a região portucalense ao reino da Galiza.
1129: No dia 6 de Abril, Afonso Henriques dita uma carta em que se proclama soberano das cidades portuguesas.
1135: Afonso VII, filho de dona Urraca, é coroado “imperador de toda a Espanha” na catedral de Leão. Afonso Henriques se recusa a prestar vassalagem ao primo.
1137: Paz de Tui. Após lutar com Afonso VII no Alto Minho, Afonso Henriques promete ao imperador “fidelidade, segurança e auxílio contra os inimigos”.
1139: Batalha de Ourique. Afonso Henriques vence cinco reis mouros.
1140: Afonso Henriques começa a usar o título de Rei.
1143: Provável Tratado de Zamora no qual estabelece a paz com o primo Afonso VII. Primeiro passo para a independência portuguesa. Afonso Henriques escreve ao Papa Inocêncio II e se declara - e a todos os descendentes - “censual” da Igreja de Roma. A palavra “censual” significa que Afonso Henriques é obrigado a prestar obediência apenas ao Papa. Na região que governa, portanto, nenhum outro poder é maior que o dele.
1147: Afonso Henriques expulsa os mouros de Lisboa e várias outras cidades portuguesas.
1169: Afonso Henriques é feito prisioneiro pelo rei de Leão, Fernando II.
1179: A Igreja Católica reconhece, formalmente, a realeza de Afonso Henriques.
1180: Final dos conflitos com Fernando II, de Leão, pela posse de terras na região da fronteira e costa da Andaluzia.
1185: Afonso Henriques morre na cidade em que nasceu. Sua herança, além de imensa fortuna, é o Condado Portucalense, primeiro território europeu que estabelece sua identidade nacional.